sexta-feira, 27 de julho de 2012

E naquele sábado a noite regado a Hepburn, o celular toca. Mensagem.

Mensagem dele.

Aquele cara por que um dia foi tudo. Por quem eu daria a ponta do dedo mindinho e todos os dentes da boca. Aquele que foi o mais intenso, mais louco, mais insano... o mais surreal.
Encaro o celular, não acreditando que todo esse tempo depois, ele resolveu me mandar uma mensagem.
Após uns segundos pedindo para a mensagem desaparecer do telefone, a curiosidade vence.

“Saudades”

Saudades do que, porra? Todo esse tempo depois você tem ‘saudades’? E por que raios eu tô aqui, com as mãos tremendo, só por causa de uma mensagem desse babaca?

“Que bom para você!”

O celular começa a tocar.
É ele.
Deixo tocar até cair na caixa postal. Sou forte, não sou?
Não.
Tão logo o celular começou a vibrar novamente, eu atendi.
“Oi...”
Frio na espinha. Tinha esquecido como a voz dele é macia.
E falamos. Falamos sobre a vida e suas as amenidades, sobre o trabalho, os planos para o futuro, sobre minha mudança, cafés, livros, teorias malucas...
“Eu sinto saudades do seu sorriso.”
É, eu também sinto saudades de quando sorria sem motivo do seu lado.

“Foi bom falar com você, meu amor.”
O coração para por alguns instantes.
Meu amor. Seu amor. Ser sua. Como já fui. Como sou?

“Foi bom, sim. A gente deveria fazer isso mais vezes...”

Beijo, outro, tchau, meu amor.
Até o nosso futuro juntos. De novo.