segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Como Desarmar uma Pessoa pela Manhã

08:20 e o celular toca. Mensagem.

Meio dormindo, abro os olhos somente o suficiente para ver de quem é. Número ovni.

"Bom dia."

Quem é esse SER que me acorda com uma mensagem de "bom dia"? Juro que se for aquele maluco eu vou mandá-lo tomar no cu. Só pode ser dele. Só ele é brasileiro e não desiste nunca. …mas bem que podia ser do… DEIXA DE SER BOBA, PATRÍCIA!

- Alô?

- Não queria te acordar.

E reconheço a voz. E aquele sorriso gostoso aparece, mesmo que eu não queria. Até para uma conversa fria e impessoal, era a melhor voz que eu poderia escutar pela manhã.

[Pode ser boba, Patrícia. Mas bem pouquinho. Só o suficiente para você imaginar ele aqui do seu lado e pegar no sono de novo… afinal, pode ser que tudo tenha sido um sonho.]

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Esse ano eu tô sem paciência para sorrisos falsos, abraços superficiais e "Feliz Natal" vazios. Não vou cantar "Noite Feliz" e "Jingle Bell" na secretária de ninguém, do mesmo modo que só retribuirei as estimas de Feliz Natal e bom 2010 daqueles que realmente quero que tenham isso.

Aos outros, eu só peço o que gostaria de ter todos os dias: sinceridade, em tudo. Na amizade, na ligação, no sorriso, em qualquer relação.

Que ganhem muitos presentes e que o dom de perdoar e esquecer o mal que lhe fazem seja um deles.

Que ganhem muitos beijos e abraços de crianças e que aprendam com elas a não esquecerem aquela inocência gostosa de achar que tudo vai dar certo e ver as coisas como são. Porque, às vezes, é só isso: sem complicação, sem subliminaridade, sem segunda intenção. É o que é, e só.

Que tenham alguém especial de quem lembrar, mesmo que essa pessoa não esteja pensando em você.

Que o "SIM" seja dito muitas vezes, que oportunidades sejam aceitas e que o medo de tentar desapareça!

Que tenham forças e coragem para agradecer qualquer ombro amigo que apareça e que agradeçam todos os dias por mais um dia. Porque não importa se você riu ou chorou, o importante mesmo é o que aprendeu – já que tudo é experiência, temos que tirar o melhor possível delas.

Que "desculpa" e "obrigada" sejam palavras recorrentes nos seus vocabulários e que não sejam ditas com medo ou com vergonha. Que o orgulho só seja utilizado quando for realmente necessário, nunca para impedir o uso dessas duas palavrinhas aí de cima.

Espero que 2010 seja sereno, para que possamos colocar em prática todos esses presentes de Natal e que aproveitemos cada minuto, intensamente.

Feliz Natal, de coração.

E que 2010 seja o melhor ano de suas vidas!

…porque, da minha, será.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Presentes

E nessa época do ano surge aquela dúvida: a quem presentear e o que dar de Natal? Não, não falo daquelas pessoas recorrentes e que invariavelmente estarão presentes na sua lista todos os anos, mas sim daquelas que entraram na sua vida "na última hora" e que tornaram-se relevantes – e nisso incluo novos amigos, aquela pessoa especial e mesmo aquele professor sensacional que te dá orientações ótimas para o TCC ou pesquisa científica.

Apesar de ser bastante mão de vaca (capricorniana, folks), acredito que as pessoas especiais em minha vida mereçam coisas especiais também, por isso não acabo estipulando um valor de presente para cada um. Não importa o valor, o que tornará o presente especial é o significado que ele tem para quem o receberá.

Cada presente é único e devemos, sim, nos preocupar com os detalhes. Uma embalagem diferenciada, algo que o torne único – um autógrafo numa camisa do time 'x' se a pessoa é fanática, uns docinhos que tenham significado para vocês ou mesmo o seu perfume que a pessoa gosta no ursinho ou almofada com a qual a presenteará (NÃO em roupas, por favor!) – além, é claro, do essencial: o presente deve ser escolhido para a pessoa. Não há nada mais impessoal e tosco do que "vales": Vale-CD, Vale-Livro, Vale-Compras, Vale-Mãe… mesmo que você erre, ache algo que você acredta que a pessoa gostará. Se ela não gostar, ela troca! NADA de vales!

A menos que você seja bastante íntimo da pessoa, fuja de   lingeries e afins. Uma das situações mais "vergonha-alheia" pela qual passei envolveu isso: a maluca resolveu presentear a professora com uma camisola vermelha. A professora ficou visivelmente constrangida, da cor da camisola, e com aquele sorriso amarelo, dizendo que havia adorado. Ela com certeza poderia ter gostado muito, se não tivesse ganho de uma aluna. E isso é para vocês, meninos: lingerie só depois de uns belos meses saindo.

No caso de roupas, fujam de roupas muito coloridas e com cores muito fortes. Mesmo que a pessoa goste bastante de roupas coloridas, opte sempre pelo branco/preto. As chances de errar são bem menores.

SAPATOS, NÃO! Não. Não, não, não. De maneira NENHUMA. Há muito envolvido na escolha de um sapato, não somente o quão lindo ele é. Leva-se em consideração como ele calça, como fica no seu pé, o quanto ele é confortável e mesmo o número. Num modelo posso usar 38, no outro 37 ou mesmo um 39. Então, não arrisque. Querer brincar príncipe da Cinderela é legal, mas se você não conhece bem a pessoa… forget it.

Tenham em mente que quanto menos você conhece a pessoa, mais você pode se arriscar…

Então, mãos a obra! Ainda faltam três dias para o meu aniversário (vulgo Natal) e ainda dá tempo de achar aquele presente bacana para as surpresas de última hora!

domingo, 20 de dezembro de 2009

O que ela mais gostava não eram dos beijos, nem de como sua voz era macia e seu sorriso lindo. O que disparava seu coração era a maneira como ele a olhava e a tocava, como se mais nada existisse, fazendo-a se sentir a pessoa mais especial do mundo.

Ele a olhava como se quisesse decorar cada parte dela e a tocava como se quisesse tomar posse de cada pedaço para si. Seus olhos pareciam querer saber todos os seus pensamentos e segredos, e aprender a reconhecer todas as suas reações, enquanto as pontas dos dedos faziam novos caminhos e criavam novas delimitações por sua pele, deixando-a arrepiada.

"Olha pra mim."

E a imagem de seus olhos vinham a sua mente, junto a excitação e quase as mesmas reações que tivera na hora.

E entre a cena de um vulção em erupção e uma fuga num trailer, a realidade a trás de volta.

Tudo isso que ela havia se lembrado, tinha acontecido depois do filme. E, naquele dia, ele não estaria ao seu lado após o final. Ou mesmo antes.

Tudo, mais uma vez, não passariam de lembranças. Só eram mais momentos bons, e que não se repetiriam, para sua caixinha…

sábado, 19 de dezembro de 2009

'Olha, essa aqui é a fulaninha…'

Tenho a mania chata de tentar me proteger e proteger a todos de quem gosto, isso em qualquer aspecto da minha vida.

Se tenho duas turmas de amigos diferentes e sei que há pessoas que não se dão – ou por ciúme de mim (haha, a desejaaada) ou por incompatibilidade de pensamento – evito fazer com que estas fiquem juntas. Afinal, não é porque eu gosto que tenho que forçar a outros gostarem também.

O mesmo acontece no aspecto afetivo. Eu simplesmente não consigo apresentar a pessoa com a qual estou envolvida aos meus amigos ou meu irmão – não citarei meus pais, porque isso só quando eu estiver quase casando… hehe - a menos que realmente goste muito dele. Só consigo lembrar de uma situação onde isso tenha acontecido.

Por outro lado, se isso é um problema para mim, não costuma ser para meus paqueras. Um fez questão de chamar a família toda para me conhecer na primeira vez que saímos e já programava um churrasco no próximo final de semana para me apresentar aos amigos; o outro achava que deveria virar brother dos amigos dele e frequentar a república da qual ele não saia mesmo que ele estivesse ausente; já tive aquele que me apresentou o melhor amigo no nosso segundo encontro e que, se havía qualquer conflito, a situação era toda resolvida a três ou a quatro, quando o 'terceiro elemento' muito brother - dele - também tinha que se meter; e aquele que, além de me apresentar a roda de família & amigos, dava piti se eu não almoçasse com ele e a mãe dele a cada quinze dias, pelo menos, ou não levasse o primo dele toda vez que saía de balada – afinal, preciso de um segurança, né? E realmente não irei olhar para o lado se ele não for e o primo dele estiver ali, fazendo as honras…

É só para mim que isso parece muito estranho? Não me parece muito normal deixar que alguém que não fará parte da sua vida entrar naquilo que você tem de mais precioso - que é o papel que meu irmão e meus amigos ocupam na minha vida - para talvez criar um vínculo e depois tirar a pessoa desse meio.

Tenho uma amiga que faz questão de nos apresentar qualquer novo paquera que ela tenha. QUALQUER UM. Se na terça saímos para jantar e o 'x' vai, na sexta saímos de balada e quem aparece é o novo, o 'y'. Ao questionar cadê o 'x', ela geralmente responde que precisava da "nossa aprovação". Oi? Aprovação? Quem tá com o cara é você ou eu? Ele tem que ser bonito para mim ou para você? Ele tem que fazer quem feliz?

É ridículo. Tudo não passa de um desfile. Você "expõe" o novo "bem" para depois simplesmente achar outra pessoa. Isso é falta de sensibilidade tanto para quem você quer bem – se alguém substituí uma pessoa com tanta facilidade, também fico me sentindo 'substituível' – quanto para com a pessoa que foi inserida na roda – porque, desculpa, posso ser bastante simpática, mas não quero sequer pensar em conhecer seus amigos ou família antes de te conhecer bem e ter certeza que não enjoarei daqui um mês.

Então, por favor. Reflitam antes de qualquer apresentação! Não vá sair apresentando o/a paquera da semana só para posar de pegador. Isso dá nojo!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

"Gosto quando te calas porque estás como ausente,
e me ouves de longe, minha voz não te toca.
Parece que os olhos tivessem de ti voado
e parece que um beijo te fechara a boca.

Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerge das coisas, cheia da minha alma.
Borboleta de sonho, pareces com minha alma,
e te pareces com a palavra melancolia.

Gosto de ti quando calas e estás como distante.
E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.
E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:
Deixa-me que me cale com o silêncio teu.

Deixa-me que te fale também com o teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo.

Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se tivesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade."

[Pablo Neruda]

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Rafaeeelle

Vulga Fá, Ayalinda, Rafa, amiiiga e afins.

Duas coisas:

"É essa incansável busca pelo prazer que me dá vida e me cansa. Essa paixão imensa por viver cada segundo intensamente, não disperdiçando nenhum minuto. Muitas vezes nessa busca, a mágoa e a decepção são inevitáveis... e junto com elas algumas juras e promessas, supostamente eternas - mas completamente sem sentido - são feitas. Passamos a viver nos defendendo de tudo e de todos, até a ferida cicatrizar. Ou não. Às vezes aparece um alguém que derruba todas as nossas barreiras e nos dá força para sentirmos e buscarmos novamente aquilo que era a inspiração de nossas vidas. E quando esse alguém aparece, oferencendo a segurança, o apoio e a coragem necessárias, a única coisa que a gente pode querer é agradecer e segurar essa pessoa... e não deixar ela sair do nosso lado nunca mais."

[por mim, em 25 de Julho de 2006]

"...É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa…"

[Clarice Lispector]

É… por mais que o tempo passe, eu sempre posso dizer as mesmas coisas a você.

Minha vizinha, minha pequenina, minha diário… minha gêmea.
Porque eu sou aquela menina do sorriso 24 horas/dia, cheia das idéias mirabolantes, alto astral e forte pra caralh*... e você me fez ver isso ontem, há um ano e, se Deus quiser, continuará sempre!

Que seu sorriso gigaaante e seus olhinhos azuis estejam sempre ao meu lado, fazendo com que eu veja tudo sobre outro prisma, puxando a minha orelha, tendo aventuras malucas… e dividindo a vida comigo.

Obrigada por ser assim, tão você! :)

paaaa

domingo, 13 de dezembro de 2009

"A vida é como um almofadão:

Um dia você tá lá... bem… feliz… relaxando… no outro dia… PUFF…"

sábado, 12 de dezembro de 2009

É…

Você percebe que está completamente ferrada quando beija um cara que você queria beijar há bastaaante tempo… e não sente nada. Nadica. Porcariazinha nenhuma. Nem no sentindo físico, emocional, sentimental, racional, psicológico ou sei lá eu que outros sentidos existem.

Você ainda consegue ir além, trocando o nome dele toda vez que olha para seus cabelos – porque eles são bagunçados e cacheados como o da pessoa que você gostaria que tivesse ali –, e ligando um pouco alterada para o ausente…

Cansei dessa brincadeira. Alguém sabe alguma mandinga, simpatia, macumba, dança do desaparecimento ou qualquer outra coisa que faça com que eu magicamente me desencante?

Odeio me sentir assim.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mulher-objeto

Confesso que certas coisas ainda me assustam.

Estava eu na academia, correndo atrás do meu projeto – Projeto Verão? Projeto Vestido-de-Formatura? Projeto Acaba-Logo-Porcaria-de-Promessa (que fez aniversário agora dia 05… um ano e cinco meses! UHU! =/ )? – quando encontro um conhecido que há tempos não via. Eis que colocando o assunto em dia (Tá namorando? Casou? E a faculdade?), tenho a seguinte devolutiva após afirmar que 'não, não estou namorando' e que 'sim, ainda quero me casar':

"…mas você sabe que está fazendo tudo errado, né? Se você quer casar, não precisa ser inteligente… é só ser ter um corpão…"

Na hora me faltaram palavras para definir o asco que senti. Acreditava que os homens que gostavam das "burras, porém gostosas" já não existiam mais e agradecia por isto. Mas, ledo engano. Eles ainda existem – e pior – ainda há mulheres que se sujeitam a isso: finjem-se de burras para manterem seus relacionamentos.

Alguém pode me dizer que graça há nisso? Porque, ao meu ver, isso nada mais é do que uma relação de interesses (ou relação puta-cliente, como preferirem): eu te como e desfilo com você, mas em compensação pago seus cartões de crédito. Quanto tempo dura uma relação assim? Um mês, um ano, uma vida? É preciso muita falta de auto-estima, por parte de ambos, para que isso aconteça. Você só terá a pessoa do seu lado como enfeite e conversará com ela sobre o que, como está frio hoje?

O tesão e a vontade de exibir o que possuímos, passam… são as conversas e os momentos bons, compartilhados, que ficam. Devaneios sobre o buraco negro, a cor da pitanga, canções de ninar e carneirinhos pulando a cerca, marcam. Infelizmente… ou não.

Mas, olha… foi bem fácil entender porque o panaca ainda está sozinho… e porque continuará se depender de mim e da minha campanha contra.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

orkutSó porque eu achei a coisa maaais toscamente fofa o "Pati" ali… :) hahaha

Te olho nos olhos

“Te olho nos olhos
e você reclama
que te olho muito profundamente

Desculpa.
Tudo que vivi, foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou
e você foi me tirando
os espaços entre os abraços,
guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre,
não importava o que os outros dissessem.

Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim,
como se houvesse a possibilidade
de me inventar de novo.

Desculpa.
Se te olho profundamente,
rente à pele,
a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços
a ponto de ver a estrada muito antes dos seus passos

Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos!

Eu não vou renunciar a mim
nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer
te olhando profundamente.”

[Ana Carolina]

~

Atração dos Sexos

Daqui.

Pô… a bunda precisa ser só grande ou à la Gracyanne Barbosa – ela anda e a bunda não mexe; ela pula e a bunda não mexe; ela rebola e a bunda não mexe; ela canta, dança e representa… e a bunda não mexe?

Porque se precisar ser só grande, tô quase criando um funk:

"Se liiiga aí, moçada,
pr'essa moda que eu tô lançando
se tu tem a bunda grande
feliiiz pode ir ficando!
Se tu não tem, ma oê,
isso é com você
porque eu… sou mó atraentchi,
sou mó atraentchiii"

Se nada der certo, eu posso ser atendente de telesexo ou funkeira, isso é fato.

Mas quem muito rebola, desanda. Tô é muito de boa de ser "atraente" por causa minha bunda. Prefiro ser atraente por atributos não-físicos. :)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Eu quero ser um cotonete!

Você tá lá com o cara.

Rolou uma química e aconteceu um beijo. O beijo aos poucos começa a encaixar melhor, suas mãos que estavam em seus ombros começam a procurar cabelos e ele ao seu pescoço… até que encontra com sua orelha. E resolve, do nada, que o ideal é enfiar a lingua dele dentro do seu ouvido, talvez na esperança de vê-la saindo do outro lado. E você, menininha bonitinha e gostosinha que até agora estava gostando de tudo, broxa.

Eu não sei em que manual estava escrito que mulheres gostam de línguas dentro de suas orelhas, mas ARRANQUEM essa página, por gentileza.

Não falo somente em meu nome, mas na maioria de nós, mulheres cansadas de sentir nojo de situações assim. Acredite, não é nada confortável ter alguém do seu lado fazendo as vezes de um cotonete. Sem falar que nós gostamos bastante de escutar o que se passa ao nosso redor… e ficar com saliva no timpano não permite que isso aconteça. Quando nós abaixamos a cabeça, não estamos fazendo charminho… simplesmente estamos evitando passar por essa situação. Então, entendam!

Mordidinhas, uma sacanagem ou uma assopradinha de leve são muito bem vindos,  mas sua língua, não.

Capice?

Ele não vem…

Marina estava impecável. Se preparou a semana inteira para o encontro de sexta-feira. Cabelo, roupas, depilação, perfume, vinho, música. Tudo perfeitamente calculado.

Esperou e ele não apareceu. Ela ficou de minuto em minuto observando o andar do relógio e quanto mais olhava, mais o relógio ia diminuindo o ritmo. Pensou em ligar, mas não iria se submeter a isso. Esperou a noite inteira e ele simplesmente não apareceu. Um grandessíssimo filho da puta.

Parou em frente ao espelho e não pode esconder o peso do desapontamento. Os olhos estavam borrados, com pálpebras caídas e o olhar assassinado. Fechou a casa, desligou o rádio, odiou a algazarra que vinha do bar ao lado do prédio.

Tudo a irritava.

Desejou com toda a sua força um tapa ouvidos para não ouvir nem um som do mundo. Como pode outros com tantos prazeres e alegrias e ela com nada? Deitou no sofá da sala que escurecia. Ficou ao lado do telefone. Quem sabe ele ligava? Amanheceu na sala. Pela janela o sol batia em suas coxas e vinha subindo pelas suas entranhas. Se despiu sozinha e aos poucos. Abriu mais a cortina e as coxas e deixou que o sol a possuísse.

Daqui.

~

Vocês tem a impressão de que certas coisas vem ao nosso encontro?

Posts de um blog onde você não conhece ninguém que diz tuuudo aquilo que você sentiu, mensagens no seu celular de uma fulana falando que estará no Rio na quarta e para ele ligar se quiser vê-la, pessoas que brotam dizendo que viu o fulaninho não sei onde quando ele disse que estava chegando ou coisas assim?

E você nem precisa ir atrás… parece que tudo faz questão de cair no seu colo, de mão beijada.

Precisamos nos benzer. Isso é fato!

E você, amiguinha, precisa desfazer esse acordo que você fez com Deus para ter esse “dom da premonição” – ou informantes em todas as esquinas, como quiser isso é fato também.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Sei lá…

São estranhas as peças qeu a vida nos prega. Em um momento, pessoas que você nunca imaginou que um dia fariam parte de sua vida, tornam-se seu cotidiano, enquanto outras, que eram seu diário, subitamente tornam-se mais distantes.

Posso dizer que a minha vida mudou bastante este último trimestre. Pessoas que eu acreditava que não iam muito com a minha cara mostraram-se significativas o bastante para fazerem parte do meu cotidiano… e hoje é estranho imaginar como não nos falávamos desde o começo do ano. São idéias que se completam, experiências trocadas que no fundo tem a mesma vivência, ensinamentos diários, uma melhor aceitação sobre diversos fatores e filosofias e mais filosofias sobre a vida e afins. E tudo isso em apenas três meses!

Neste mesmo período também quis me fazer apaixonada por alguém. Imaginava que, por saber da paixonite que ele sentia por mim, tudo seria mais fácil… era só eu ficar afim também que, pronto, love is in the air… Mas não. Não é fácil assim. Você percebe que no coração você não manda. Percebe que embora ele te atraia fisicamente, uma vez que possui todos os atributos que você acha interessante, é preciso muito mais para que uma paixão aconteça.

Você não começará a gostar de telefone só porque ele te liga; você não começará a mandar mensagens todo dia só porque ele manda; você não começará a gostar do riso dele se este irrita desde o primeiro dia; o beijo de vocês não encaixará de uma hora para outra porque você resolveu isso; suas noites parecerão valiosas demais para serem gastas com alguém que para você não faz diferença, alguém que você precisa pedir para que vá; você não terá coragem de dizer a ele o que passa na sua cabeça quando ele te olha; você tem a impressão que nunca conseguirá dizer a ele tudo o que pensa, quer, deseja… tudo isso são coisas que simplesmente acontecem. Quando você menos espera, com a pessoa mais improvável possível, acontece. E é sempre com aquela pessoa que não pode ser. Aquela que nunca virá a sentir o mesmo por você. E sabe tudo aquilo que não te agradava com o outro? De repente, torna-se o seu passatempo preferido…

Nesse momento, você percebe o quão estúpido é por tentar controlar o que sente e mesmo por tentar sentir algo que sabe não ser possível. E se martiriza por saber que a história de sua vida se repete de novo… e descobre que, por mais que deseje, não é alguém por quem as pessoas podem se apaixonar…

“- E como ele é, fisicamente atraente e sentimentalmente indisponível?
- Não, esse é você…”

[Brothers & Sisters]

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

'Dá uma saudade falar nela', diz Rafael Almeida sobre Pérola Faria

Eles se conheceram durante a novela "Páginas da vida" e não se desgrudaram mais. O namoro de Pérola Faria e Rafael Almeida durou três anos, mas teve um ponto final há cerca de dois meses.

O motivo, segundo o ator, foi a distância. "A gente terminou realmente porque estávamos nos desencontrando muito e muito afastados um do outro", contou ele ao EGO.
Rafael fez questão de afastar os rumores de que teria uma nova namorada e demonstrou que ainda tem um sentimento muito forte por Pérola. "Não estou namorando ninguém, estou solteiro", falou. "O que eu posso dizer é que ela é uma mulher incrível [fica com olhos marejados e faz uma pausa]. E quero muito, muito vê-la feliz, esse é um dos meus objetivos e desejos de vida. Quero muito vê-la feliz, ela merece. Ela é a pessoa mais especial que tive na minha vida", completou.
[…] Daqui.

As variáveis “mais maravilhosa”, “mais encantadora” e “mais… putz, não acho uma palavra para diga tudo” também podem entrar no lugar do “mais especial” e do “mulher incrível”.
A melhor parte é que todo mundo quer a felicidade de todo mundo - “quero muito vê-la feliz”, “você merece ser muito feliz” e afins - mas ninguém quer fazer parte dessa felicidade alheia, né?
“Não é você, sou eu”… é lógico que o problema é o outro, você só não quer dizer isso a ele. Daí diz que o problema é com você, que ele(a) é ________________ (escolha um dos adjetivos citados acima), que merece ser feliz e pronto. Você só acabou de arrumar mais um problema na vida da pessoa, porque ela vai ficar querendo saber se, já que é assim, por que está sempre sozinha?
Quer dar o fora em alguém, simplesmente dê. A pior parte é querer arrumar desculpas para isso. Seja sincero (com cautela, por favor!)! Se você já não sente mais o que sentia antes… só diga que não está mais rolando. E ponto.
Essa coisa de “você é a pessoa certa na hora errada”, “se eu estivesse em outro momento / situação seria diferente” e afins, só fode e machuca mais o outro. Sério.

“Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.

A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.

Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.”

[Pablo Neruda]

 

Desnecessário dizer que estou viciada nele, né?

Até que ponto o álcool é o culpado pelas nossas”besteiras sexuais”?

Acabo de ler uma pesquisa feita pelo site da revista Vanity Fair, segundo a qual 0% das pessoas  de 18 a 44 anos disseram que beijariam um colega de trabalho nas famosas “festas da firma”, que começam agora em dezembro. Isso mesmo: ninguém pegaria ninguém do trabalho! Respondendo assim, sóbrio, qualquer pessoa de bom senso diria o mesmo. Mas a verdade é que esse tipo de evento sempre vem acompanhado de  álcool e música (geralmente ruins). É o que basta para fazer com que muita gente mude de ideia - até vá além dos beijos – e passe o próximo ano inteiro se escondendo na baia.

A pessoa muda de ideia ou faz o que realmente tem vontade, pois perde – literalmente – a noção? Usei a festa da firma como exemplo, por causa da pesquisa e da proximidade dos tais eventos (e por ser um exemplo clássico de arrependimento no dia seguinte eheheh), mas o que eu gostaria mesmo de saber é: até que ponto o álcool pode ser culpado pelas besteiras (sobretudo as sexuais, claro) que as pessoas fazem?

Pergunto isso pela quantidade de relatos (de amigos, conhecidos, leitores) que tenho ouvido nos últimos dias sobre porres acompanhados de transas irresponsáveis (em situações e, sobretudo, com pessoas erradas). Já tomei alguns porres na vida e  fiz coisas das quais me arrependi depois, mas isso não significa que eu não estivesse (bem) a fim de fazê-las. Acho que o álcool é apenas um encorajador. Mas muita gente jura que ele é o único culpado. Será?

Daqui.

~

Na boa?

Botar a culpa no álcool é muito fácil. Já tive bebedeiras inenarráveis, mas só uma vez não tive consciência do que fazia. Uma vez. E quando me contaram o fato, dei graças a Deus por não ter feito nenhuma merda muito grande (hahaha) e só. Todas as outras vezes que estava bem louca, sabia o que estava fazendo.

Você sempre sabe o que faz. O álcool só faz com que o superego perca um pouco de seu poder repreensivo. O que você faz ou deixa de fazer quando tá bem louco, você sempre quis fazer. É fato.

 

E, na boa… recalcadas são essas pessoas que disseram que não pegariam ninguém do trabalho na “festa da firma” quando sóbreos. No meu último trabalho, quando entrei, havia seis sócios – cinco homens e uma mulher. Pegaria quatro deles fácil, fácil. Só não me deram a oportunidade – e a cara de pau. HAHAHA

Senhor,

dê-me paciência… porque se me der força e qualquer tipo de arma, eu mato um feriado qualquer.

Por que existem pessoas que só nos entendem quando somos grossas? Mamãe me ensinou a ser delicada e a expor meu ponto de vista sempre da melhor maneira possível, discordando da pessoa – caso assim seja –, sempre educadamente… mas existem pessoas que só entendem se você fala xingando e com o tom de voz alterado… cadê o booom seeenso, geeente?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

“Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.”

[Pablo Neruda]

Filosofia de Bar

“Esqueiro é como duende: você só acha quando já está bem louco…”;

“Você já reparou na mágica dos esqueiros? Você sai de casa com um esqueiro pequeno e branco e volta com um preto e grande; saí com o preto e grande, volta com um rosa com ondinha; saí com o rosa com ondinha, volta sem nenhum; saí sem nenhum, volta com dois… Isso até o dia que você sai com um e volta com um Zippo. Daí você compra uma corrente e não deixa que ele saia do seu bolso nunca mais.”;

“Minha relação com a bebida é que nem mulher de bandido: tento ficar sem, mas sempre volto e acabo apanhando.”;

“…porque posso estar com azia, mas enquanto tiver bebida eu tenho que beber, né? É mais forte que eu…”

 

“- Pra curar ressaca, chá de boldo do Chile é ba-ta-ta.

Por quê do Chile? Se eu usar boldo de outro lugar não funciona?”

 

“…se essa é a melhor desculpa que você conseguiu inventar, é melhor nem saber a história de verdade…”

 

Minhas noites felizes, definitivamente. :)

R.I.P.

Tô quase fazendo uma sessão de obituário aqui porque tá complicado. Hoje foi a Leila Lopes. Sabe, aquela atriz que acordou um dia e resolveu que faria pornô? Então.

Lembro que quando tava na segunda ou terceira série, eu tive como lição de casa do meu livro de português que colocar uma foto de uma mulher bonita que representasse a princesa do texto que a gente havia lido. Adivinha de quem foi a foto que escolhi? Pois é. E eu achava a Leila bonita porque ela tinha aquele rosto meio tortinho… é. Eu e meu gosto duvidoso, desde sempre e para sempre. hahaha

Vamos ficar com lembranças boas de Leilinha, sim?

Espero que ela não tenha girado, giraado, giraaado, giraaaado… porque nós vamos continuar a nos lembrar dela.

Ah, gente… sem querer ser chata, mas já sendo. Se fazer um pornô eu fosse, um ator mais bonito com certeza eu iria escolher!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

“É com você, Lombardi”

Eu percebo que tô ficando velha quando pessoas vistas como imortais por mim passam desta para melhor:

O Beto Carreiro, o Pedro de Lara, o Enéas, a Dercy, o traveco do Ronaldo… e agora o Lombardi.

A certeza que eu posso me jogar da ponte virá quando a Xuxa e a Angélica baterem as botas. Daííí… fó-deo.

Ma oee, vou sentir falta da voz do Lombardi. :(

ADORO sentir vergonha alheia

Já é velhinho, mas eu adoro! (L)

“Pisa na barata, pega a borboleta;
pisa na barata, pega a borboleta”

~

E agooora… o novo clássico!

“Agora eu vou
arrumar meu cabelo lon-go
eu vou passar o meu BLUSH BLUSH
eu sou STEFHANYYY”

Stefhany, na minha próxima vida eu quero ser linda e absoluta COMO VOCÊ! (L)

“Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando
.”

[Pablo Neruda]

 

~

Olha, não é por nada, não…

Mas eu teria MUITA vergonha de fazer uma festa para comemorar meu “aniversário de namoro” se o meu namorado fosse um babaca que pega (ou tenta pegar) todo mundo pelas minhas costas. Ninguém é tão porta para se fazer de boba assim.

Fica a dica. :)