quinta-feira, 10 de março de 2011

Summer Love

Hoje acordei lembrando de alguns cachinhos esvoaçantes e do prazer que eu sentia em arrumá-los. Lembrei da cada de espanto dele quando eu disse que gostava do seu cabelo e dele dizendo que não era possível, porque o cabelo dele estava horrível com a viagem.

Lembrei de como eu tentava sair devagarinho do lado dele e não mexer o colchão quando acordava para ir para a aula... e como ele sempre percebia que eu não estava mais na cama e falava com aquela cara de sono: "Não vaaai! Fica aqui comiiigo...". Lembrei de como ele me abraçava e dizia que tinha ficado com saudades quando eu voltava.

Lembrei de como ele me ensinava hebraico e de como eu ficava irritada quando ele começava a conversar na língua dele com os amigos... "Aqui a gente só fala inglês! Vou começar a falar português também e você vai ver o que é bom!" e de como ele falava que tudo bem se eu falasse português com ele, porque português "é sexy".

Lembrei de como ele se dizia o cara mais sortudo por estar comigo e de como ele preferia ficar quando eu não queria sair de balada... lembrei de como os amigos dele ficavam bravos quando isso acontecia, dizendo que ele tava jogando a viagem dele fora e dele respondendo que não, que ele estava aproveitando a melhor coisa da viagem dele.
Lembrei de como ele não desgrudava de mim quando saíamos a noite e como dizia de cinco em cinco minutos que eu era a garota mais linda do lugar.

Lembrei de como ele me abraçava por trás, cheirava a minha nuca e me perguntava porque meu cheiro era tão bom... lembrei dele me perguntando por que eu não ia Israel e se oferecendo para ser meu guia por lá.

Lembrei de quando ele foi embora... e de como as lembranças que ficaram são maravilhosas.

Um amor de verão é feito de mentirinhas bobas... mas é sempre tão revigorante...!

domingo, 6 de março de 2011

E se...

Eu queria de vez em quando ser forte como eu aparento ser. Forte, cheia de auto-estima, completa... Eu não sou nada disso e você sabe. Sabe tão bem! E, embora saiba, me aceita, me ama, me quer... aceitava, amava, queria. De vez em quando esqueço que todos os nossos verbos são conjugados no passado. Esse passado, agora tão distante, mas que ainda machuca, que ainda dói.

De vez em quando eu fico imaginando os "e se..." que poderiam ter acontecido entre a gente.

E se nada tivesse dado errado? 
E se a gente ainda estivesse junto?
E se eu não fosse tão frágil e você tão perfeito? 
E se eu não fosse tão maravilhosa e você tão bobo?
E se eu ainda fosse a sua amada?

É... nós nunca saberemos as respostas para tudo isso. E você não imagina o quanto, apesar de todo o tempo, eu gostaria de saber!

Você acreditava tanto em mim, tanto no meu potencial, que me fazia insegura. Muitas vezes acreditei que  não era boa o bastante para você. Não conseguia ver em mim tudo aquilo que você via... entretanto, eu acreditava tanto no que era dito que conseguia ir em frente e enfrentar todos os meus medos e inseguranças. Mas agora, sem seus olhos iluminando o meu caminho, eu tenho que me provar sozinha. Tenho que provar que sou forte como aparento ser, que confio no meu taco, que vou conseguir, que não tenho medos e que não preciso de amor... e você não imagina o quanto tudo isso é difícil, já que na maioria das vezes a única coisa que preciso é de você segurando o meu rosto e me dizendo que sabe que eu vou conseguir.
...e nessas horas que eu tanto te preciso e não te tenho, meu coração perde mais um pedaço... um dos tantos que você já tirou dele.

(Feriados sempre me lembram do nosso começo...)