domingo, 27 de setembro de 2009

Ogrinhos que Amamos - 1º

Se eu não sou uma gênia na arte do crime, tô bem perto disso! hahaha A Playboy não tem a sessão “Mulheres que Amamos” (é, então… para os ingênuos que nunca viram uma Playboy, eles tem, sim!)? Então… hoje eu inauguro a sessão “Ogrinhos que Amamos", porque gente… tem muitas pessoas por aí que fazem uma geração inteeeira ovular e não sabem – e que vão continuar não sabendo, porque né?, esse pobre desse blog atinge, o que, seis pessoas? But, whatever…
Gostaria muuuito de começar com o ogro da minha vida, meu Neanderthal preferido, mas se ele sabe desse instinto meio psicopata que mantenho escondido por ele, acabou qualquer novo encontro de beijinhos&abraços, né? Como ainda pretendo várias saídas com aquele bracinho da grossura da minha coxa em volta da minha cintura e aquele trapézio saltaaado, delícia de morder, melhor me conter.
Então, quem? Estava eu me atualizando das fofocas internacionais no site mais odiável quando… Hugh Jackman.
Ah, Senhor.
Quem precisa de mais algum motivo para gostar de X-Men? Que mulher (ou quase mulher) não assistiu ao último X-Men só porque era a história do Wolverine e Hugh-Jackman-sem-camisa-a-lot?
Chega de introduções.
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~
Ah, e vocês viram que bonitinho o Felipe-ô-menina-deixa-disso-quero-te-conhecer-Dylon? Agora ele é rasta. É… Porque vocês sabem, né. Rasta que é rasta idolatra a Jah e não bebe.
Isso ao meu ver, isso é tudo uma desculpa para fumar maconha o dia inteiro e argumentar com os pais que “faz parte da minha religião” quando eles reclamarem… Eu acho que não precisa de tudo isso para fumar seu beck em paz – principalmente quando você é quase albino de tão branquelo e coloca uns dreads pretos para ‘incorporar’ - mas, cada um sabe o que faz, né?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Espaço X Tempo

O que eu mais gosto é a noção de realidade de umas pessoas:

“Oi, maravilhoooosa! Tô te ligando pra te mandar um beijo de bom diiia!”

Ah, que lindo. Seria mais lindo se não fosse às 05:00 da manhã.

Realmeeente… bom diiia, gatiiinho! Agora que você me acordou para dar bom dia, meu dia será BEM MELHOR! (y)

Juro, vou começar a perguntar logo de cara para as pessoas com as quais me envolvo qual é sua mania bizarra… pq tá cada dia PIOR!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Olá, Amiguinhos!

Hoje, a Titia Path vai ensiná-los como dar um pé na bunda em um simples passo! Vocês estão prontos?

(Estaaamos, capitã!)

1º e único passo:

Você diz: EU NÃO QUERO MAIS.

e… só. Uma explicaçãozinha também pode completar a sentença, mas fundamentalmente é isso. Sem desculpas. Sem nada de “você é maravilhoso(a)” e afins. Cabe ao outro ser inteligente e entender que acabou.

E se acontecer uma briga no meio desse término? Melhor. É sinal divino que acabou de vez! Quer dizer, costuma ser… Por que, e se o maluco te procurar depois dessa briga? Daí você pode usar o “combinado” citado no post anterior: “Ué, a gente não tinha combinado que eu era __________ e você era um _________?” (complete os espaços vazios com algum dos xingamentos utilizados durante a briga) e nããão dê o braço a torcer! :)

Não percam o programa de amanhã, onde ensinarei como tirar a meia sem tirar o sapato!

sábado, 12 de setembro de 2009

A Volta dos que Não Foram

- Ué, a gente não tinha combinado que eu era uma biscate e você um macaco?

“Ah, linda, não fala assim… morro de saudades de você.”

- Ah, tá. Um dia quando eu resolver quebrar a minha promessa eu te ligo, tá? Until there, please don’t get in touch.

Oi, porque as lamparinas do juízo de algumas pessoas não acendem?

~

Porque eu faço questão de ver o último capítulo das novelas? Arebabado, eu sei que vai acabar tudo igual, tike! É sempre assim… vai chegando no fim e eu subitamente me interesso por saber o que vai acontecer. Então vamos aos meus finais que seriam bem mais divertidos!

- A Maya iria se jogar no rio não-sei-das-quantas, toda de branco. Alias, alguém me explica como uma pessoa magicamente passa de Preta Gil cover à toda maquiada, casada e produzida? Não entendi bem essa parte...;

- O Lima Duarte iria tirar a roupa, ver que geeente, velhinho com barba e que depila a axila não rola e se jogaria no rio também também;

- A namorada do Tarso iria chegar no hospício e seria internada. Senhooor, quem usa um cabelo cor de cenoura THAT FAKE e tem orgulho disso?;

- O Opash iria a uma depiladora, porque mesmo com roupas ele parece meio nojentinho… (é, eu consigo imaginar aquela quantidaaade de pelos!);

- O Caio Blat iria tomar vergonha na cara e começaria a fazer bonzeamento artificial. CHEGA DE COTAS RACISTAS NA ÍNDIA! Ser o único indiano quase albino não rola!;

- Jogaria uma bomba naquela casa de samba/dança/sei-lá-o-quê onde todos vão durante a festa do casamento do Tarso. Afinal, existe uma lógica IMENSA no filho de uma milionária casar e a festa de casamento ser lá, né? Tão PEDIIINDO por um atentado terrorista!;

- Norminha iria para o Ratinho fazer o DNA já que descobriria que está grávida… de alguém que ela não sabe quem.;

- O Bahuan iria entrar pela cota de ex-apresentadores. Como um protagonista (?) pode aparecer no último capítulo menos de um minuto e em cima de um elefante? Prestei muito mais atenção no elefante do que nele, sorry!;

- A Cléo Pires - BISCAAATE, dona do meu ódio eternamente – queimaria no mármore do inferno, Inshalá;

- E, como alguém precisa se dar bem, deixaria que o Tarso e o Raj viessem aqui para casa. Final feliz para todos! :) êêê

Gente, porque a Grobo ainda investe nessa autora? Deveriam me contratar! Tenho mais futuro! E TAMBÉM TENHO JEITIIINHO!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

I Will SURVIVE!

At first, I was afraid, I was petrified.
Kept thinkin' I could never live
Without you by my side,
But then I spent so many nights
Thinkin' how you did me wrong.
And I grew strong
And I learned how to get along.

And so you're back from outer space.
I just walked in to find you here
With that sad look upon your face.
I should've changed that stupid lock,
I should've made you leave your key,
If I had known, for just one second,
You’d be back to bother me.

Well, now go! Walk out the door!
Just turn around now,
'Cause you're not welcome anymore!

Weren't you the one
Who tried to hurt me with goodbye?

Did you think I'd crumble?
Did you think I'd lay down and die?

Oh no, not I! I will survive!
Oh, as long as I know how to love,
I know I'll stay alive!
I've got all my life to live.
I've got all my love to give.
And I’ll survive! I will survive!
Hey, Hey!

It took all the strength I had
Not to fall apart
And trying hard to mend the pieces
Of my broken heart.

And I spent, oh, so many nights
Just feeling sorry for myself.

I used to cry,
But now I hold my head up high!

And you'll see me, somebody new,
I’m not that chained up little person
Still in love with you.

And so you felt like droppin' in
And just expect me to be free,
But now I'm savin' all my lovin'
For someone who's lovin' me!

Capicce?

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Berna, 2 de Janeiro de 1947

Querida,

Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. Nem sei como lhe explicar minha alma. Mas o que eu queria dizer é que a gente é muito preciosa, e que é somente até um certo ponto que a gente pode desistir de si própria e se dar aos outros e às circunstâncias. Depois que uma pessoa perde o respeito a si mesma e o respeito às suas próprias necessidades - depois disso fica-se um pouco um trapo.

Eu queria tanto, tanto estar junto de você e conversar e contar experiências minhas e dos outros. Você veria que há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. Eu mesma não queria contar a você como estou agora, porque achei inútil. Pretendia apenas lhe contar o meu novo caráter, um mês antes de irmos para o Brasil, para você estar prevenida. Mas espero de tal forma que no navio ou avião que nos leva de volta eu me transforme instantaneamente na antiga que eu era, que talvez nem fosse necessário contar. Querida, quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. Você já viu como um touro castrado se transforma num boi? Assim fiquei eu... em que pese a dura comparação... Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também minha força. Espero que você nunca me veja assim resignada, porque é quase repugnante. Espero que no navio que me leve de volta, só a idéia de ver você e de retomar um pouco minha vida - que não era maravilhosa mas era uma vida - eu me transforme inteiramente.

Uma amiga, um dia, encheu-se de coragem, como ela disse e me perguntou: "Você era muito diferente, não era?". Ela disse que me achava ardente e vibrante, e que quando me encontrou agora se disse: ou esta calma excessiva é uma atitude ou então ela mudou tanto que parece quase irreconhecível. Uma outra pessoa disse que eu me movo com lassidão de mulher de cinqüenta anos. Tudo isso você não vai ver nem sentir, queira Deus. Não haveria necessidade de lhe dizer, então. Mas não pude deixar de querer lhe mostrar o que pode acontecer com uma pessoa que fez pacto com todos, e que se esqueceu de que o nó vital de uma pessoa deve ser respeitado. Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que você imagina que é ruim em você - pelo amor de Deus, não queira fazer de você mesma uma pessoa perfeita - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse o único meio de viver.

Juro por Deus que se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia - será punida e irá para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não será punida por essa mesma mornidão. Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo aquilo que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma. Espero em Deus que você acredite em mim. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Isso seria uma lição para mim. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade de alma.

Tua Clarice.

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(Em 95, o escritor Caio Fernando Abreu, então colunista do jornal O Estado de São Paulo, publicou uma carta que teria sido escrita por Clarice Lispector a uma amiga brasileira. Ele comenta, no artigo, que não há nada que comprove sua autenticidade, a não ser o estilo-não estilo de escrita de Clarice Lispector. Ele dizia: "A beleza e o conteúdo de humanidade que a carta contém valem a pena a publicação..." )