Eu queria matar a vontade dos meus olhos, da minha pele e da minha boca... Todo meu ser fica ansiando por vontade de você.
Vontade de te ver, te tocar... de fazer coisas nas quais prefiro não pensar. Porque se penso, as memórias me trazem as sensações mais revigorantes das quais consigo lembrar.
As vezes, perdida na lembrança, esqueço de todas as lágrimas que passaram. Só consigo lembrar das sensações e elas me guiam ao encontro feliz, próximo. Elas me fazem ir para frente do espelho para escolher roupas e pinturas, e imaginar espaços, falas, toques... imagino passo a passo como tudo vai acontecer.
Faço poses, fingindo te ignorar.
Já cansada de fingir, danço sozinha, como se estivesse te seduzindo.
Olho para o nada, me despindo para você.
Abro caminhos em minha pele, como se suas mãos me tocassem.
Eu brilho imaginando nosso encontro.
Porque, desta vez, eu vou decorar seu gosto, sua pele e seu cheiro... e assim, mesmo que você se vá, estará sempre em mim.
Como deveria ser.
Cachinhos de felicidade.