domingo, 31 de janeiro de 2010

Frase do Dia


Have you ever been in love? Horrible isn't it? It makes you so vulnerable. It opens your chest and it opens up your heart and it means that someone can get inside you and mess you up. You build up all these defenses, you build up a whole suit of armor, so that nothing can hurt you, then one stupid person, no different from any other stupid person, wanders into your stupid life.
You give them a piece of you. They didn't ask for it. They did something dumb one day, like kiss you or smile at you, and then your life isn't your own anymore... Loves takes hostage. It gets inside you. It eats you out and leaves you crying in the darkness, so simple a phrase like 'maybe we should be just friends' turns into a glass splinter working its way into your heart.
It hurts.
Not just in imagination. Not just in the mind. It's a soul-hurt, a real gets-inside-you-and-rips-you-apart-pain.
I hate love.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Frase do Dia

"O tempo passava. Lenta, muito lentamente, meus sentimentos começaram a mudar. A paisagem do deserto muda muito gradualmante, enquanto leves brisas erguem grãos de areia e os movimentam, algumas vezes poucos centímetros, outras muitos quilômetros, de modo que, no fim do dia, quando o sol se põe, a face do deserto está completamente diferente da paisagem que havia de manhã, quando o sol se levantou sobre ele. Do mesmo modo, maiúsculas mudanças se passavem em mim. Mas eram pequenas demais para que eu as notasse, enquanto iam acontecendo."

[Marian Keyes]

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Amor Não Se Pede, por Tati Bernadi

Se implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo. Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo: pularia pelada de bungee jump. Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer espírito.

Mas amor não se pede, imagine só.

"Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença?" Não, não dá pra dizer isso.

"Ei, seu velho, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença?" Não, você não pode dizer isso.

"Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença?" Definitivamente, não, melhor não.

Amor não se pede, é uma pena.

É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira. É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos. Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: "ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema?"

Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei.

Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto.
Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta.
Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar. Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia. Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: "ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta."

Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem.

É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais, são tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa. É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Aquele cheiro que dá vontade de transar pro resto da vida. É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado. É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar. É triste lembrar como eu ria com ele.

Mas amor, você sabe, amor não se pede.

Amor se declara: sabe de uma coisa?
Ele sabe, ele sabe.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Frase do Dia

"Sou livre a medida que controlo as condições que me controlam."
[Skinner]

Ou seja: NADA livre.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Têm dias em que a vida cansa e que o desejo de dominar o mundo toma conta de mim.

Queria poder controlar o trapezista que em seu vôo me leva ou impedir o vento de te tocar. E trocar as memórias que possuo pelas de uma bailarina cujo único amor é a dança e sua única lembrança são as doloridas pontas dos pés.

Eu queria fazer rir. Colocar o nariz de palhaço e fazer o riso aparecer no canto dos lábios dos que quero bem, sem deixar que soubessem que a lágrima desenhada no rosto é de verdade e vem do espírito.

E liberdade. Queria ser livre. Me libertar de todas as amarras que me prendem, que não me deixam fugir de tudo, e, como um pássaro, voar.
Voar por cachoeiras, mares, matas e parques. E, de cima, ver casais enamorados com seus olhos que se olham, beijos que se beijam e mãos descobridoras de novas geografias.

Queria fazer chover, só para que a chuva me tocasse e escorregasse na minha pele, fazendo o caminho que seus dedos percorreram um dia. E que o sol viesse em seguida, me proporcionando aquele calor que você me faz sentir. E que aquele vento que eu parei, faria te trazer aqui.

Queria voltar ao passado e roupar o vestido da princesa. E, com ele, rodar. Rodar, rodar, rodar, como quando eu era criança, para depois me largar no chão com aquela gargalhada gostosa de quem vê a vida com outra perspectiva – meio fora de foco, mas quase perfeita.

Queria dominar a Europa, a Ásia e a Oceania, para poder me nominar Imperatriz Mundial. E declararia que toda mulher é uma rainha e que nunca poderia ser magoada. E que se um homem o fizesse, teria que pagar com a vida. Dedicando a ela a sua vida.
Faria das armas de fogo, tulipas; e do ódio, os mais belos poemas de amor. Te faria meu imperador e, se você quisesse, te daria o mundo. Porque meu coração, você já tem.

E fazer tudo isso, por um instante, parece simples e fácil... O difícil é acordar todos os dias e saber que será mais um sem ter você por perto.

Frase do Dia

"Todo o mundo deveria aprender a se analisar de forma desapaixonada. Anote diariamente seus pensamentos e aspirações. Descubra o que você é - não o que imagina ser! - porque você quer se transformar no que deve ser. A maioria das pessoas não muda porque não vê as próprias falhas."

[Paramahansa Yogananda]

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Humorômetro


- Hmm.. let me see... hoje eu tô... TOTOCA! ;)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Vocês já repararam que na maioria das vezes em que alguém leva um fora, a fase 'pós término' é praticamente a mesma?

Num primeiro momento, o negado quer voltar. Corre atrás para saber onde errou e faz juras e juras de que tudo vai ser diferente dessa vez e tenta mil e uma vezes. Se voltar, ótimo. Senão, começa o momento dois: ele começa a sentir aquela raiva quase mortal do ser que lhe deu o pé na bunda. Não quer vê-lo nem pintado a ouro e com pedrinhas de brilhante. Faz questão de deixar que os amigos em comum saibam - e que repassem a informação, por óbvio - de que "UHUU, tô ótimo, não sei como pude passar tanto tempo comprometido" sem saber que o outro, na maioria das vezes, pouco importa se você tem saído todas as noites, bebido todas as garrafas e tem pego qualquer ser que aparece. Ele, no fundo, sabe que você está fazendo tudo isso só para que ele fique sabendo.

Se você é mulher, geralmente começa o terceiro momento: você percebe que o seu plano 'maravilhoso' não está dando certo, mas continua colocando-o em prática. Continua saindo sempre e bebendo todas, continua chamando os amigos em comum para saírem com você... só que com um agravante: quando ela está lá, feliz da vida porque descobriu a proporção exata de bebida alcóolica e misturável, ela lembra da existência do celular. E "celular + mulher altinha" é quase nome da próxima boneca da Estrela: a "Faz Merdinha".
Nessa etapa, as recém-solteiras podem ser divididas em dois subtipos: as que resolvem ligar e fazer declarações de amor e as que ligam xingando, querendo fazer o outro perceber que "Eu vou linda, absoluta, sou quase uma Stefhany e você não pode me dar um pé na bunda!". As dos segundo grupo, geralmente, começam a ler livros de auto-ajuda e a repassar aqueles emails com o conteúdo resumido dos livros, talvez para tentar se convencer do que leram, talvez para tentar aprender alguma coisa; as do primeiro grupo prendem-se a músicas de corno e textos melosos e tristes. (= essa que voz escreve)

Quando a pessoa descobre que fazer tais coisas para atingir o outro não adianta nada, ela entra no momento quatro: o do que a vida continua. Não importa o quando ela queria e goste do outro ainda, quando um não quer, dois não fazem. Só quando chega nesse momento é que a pessoa percebe que o mundo é feito de corações partidos e que não importa o quanto dói, sempre passa. Tudo o que você precisa é das pessoas certas ao seu lado para que te façam perceber isso o mais rápido possível.

~
Mas olha, apesar de não encarar o segundo e terceiro momento com você, eu quero anciosamente que você chegue logo ao quarto. Porque eu te amo (demais, demaaais) e tenho vontade de socar o filho da puta só por ver você passando por tudo isso... mas meu ombro e meu colo estarão sempre aqui para você, amiguinha! - mesmo você esquecendo do fuso e me ligando de madrugada! Volte logo porque várias orgias gastronômicas nos aguardam! :)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Hoje eu perdoei.

Não acordei querendo ser uma pessoa melhor ou com nenhum desejo consciente, mas eu senti o que é perdoar de verdade.

Quando você fez o que fez, me fazendo crer que nenhum homem no mundo é confiável, eu joguei todas as pragas em cima de ti. Só conseguia sentir nojo e ódio. Sentia raiva de mim por um dia ter gostado de você e mais raiva ainda por ter permitido que você me tocasse. Depois de tudo, me detestei por ter ganho milhões de quilos malditos por sua causa.

E quando você veio me pedir perdão, com aquela explicação idiota, eu disse que perdoava só para que não me procurasse mais. Mas, no fundo, eu ainda queria que você se fodesse. Ou melhor: que um homem fizesse a mesma coisa que você fez comigo, só para você saber como me senti.

Mas hoje, quando te vi após todo esse tempo, eu não senti nada disso. Só tive pena.
Pena por saber que eu, a mais afetada, já superei, mas que você levará essa marca consigo.
Pena porque você sempre carregará essa culpa.
Pena porque tive vontade de fazer você sair dessa vida... e hoje você está ainda mais perdido dentro dela.
Pena porque seus 'amigos' trocam a sua companhia para ficarem comigo.
Pena porque meu sorriso continua grande e meus olhos ainda são dos mais brilhantes... e você é só mais um poço de amargura.

Passou? Passou...
Então seja muito feliz, muito longe de mim.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Love is what I got

Quando era mais nova fui a uma bruxa que fazia leitura de mão e ela me disse que uma das minhas missões nessa vida era aprender a amar.

Isso nunca saiu da minha cabeça.

Porque, para mim, tudo foi amor. Tudo é amor. E eu amo demais.
Amo o jeito como o sol queima a minha pele todos os dias e o jeito como a chuva me deixa purificada.
Amo o modo como o meu sobrinho sorri e me deixa sorrindo o dia todo.
Amo o barulho que o vento faz quando passa pela minha janela.
Amo ter alguém em quem pensar todas as noites e manhãs.
Amo como o abraço do meu melhor amigo foi feito para me aconchegar e amo como consigo me declarar a ele, sem medo de julgamentos.
Amo como minhas melhores amigas me amam, mesmo conhecendo todas as minhas inseguranças e fraquezas.
Amo aquela Orquídea que exala aquele cheiro de chocolate e me deixa inebriada logo pela manhã.
E eu me amo. Mesmo só me achando ajeitadinha e com essa barriga tão longe da perfeição, eu não viveria sem mim.

Mas, o que mais dói - e o que, consequentemente, mais faz falta - é o ser amada. Embora o mundo tente me convencer de que o meu amor próprio basta, eu não acho que seja o bastante. O amor romântico é essencial.
Acredito que um dia vou fazer o coração de alguém bater mais forte e deixar essa pessoa sem fala com um sorriso. E que vou conseguir andar de mãos dadas com essa pessoa porque não haverá combinação mais perfeita do que meus dedos entrelaçados aos dela. E eu vou achar a pessoa que não se incomodará tanto assim com os meus defeitos e minhas imperfeições. E eu vou sentir que ela me ama pelo jeito que ela me olha e me toca.
E tudo isso, sem tentar.
Porque eu tento demais. Eu só sei tentando.
Só consigo se eu me entregar, sem medo, sem receio... só com amor.

E é por isso que eu amo. Amo o mundo, amo tudo, vivo e morro de amor. Todos os dias.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Odeio conhecer parte da sua rotina.
Odeio saber que todos os dias você passa bem perto da minha casa pelo menos duas vezes... e que já não te vejo em nenhuma dessas vezes, nenhuma vez por semana.
Odeio ter esse subconsciente condicionado que, ao passar por esse mesmo lugar, me faz pegar o celular e ver que horas são. 18:33.

...e, lá no fundo, eu tenho uma pequena esperança de te encontrar.
Mesmo que seja de longe, sem que você me veja.
Tenho aquele desejo incontrolável de poder te admirar enquanto você passa, perdido em seu mundo com seus fones de ouvidos e, quem sabe, com aquele sorriso.

Mas desejos não são realizados todas as vezes que queremos...
...infelizmente.

Bumbum grande faz bem à saúde, dizem cientistas

"Enquanto os médicos alardeiam os perigos de acumular gordura no corpo, principalmente na região abdominal para as mulheres, uma parte do corpo recebeu salvo conduto: o bumbum. Segundo pesquisa, mulheres com uma derrière maior têm menos chances de desenvolver quadros de doenças no coração ou diabetes. A explicação estaria no fato de a gordura acumulada na região e também nas coxas impedir a ação de proteínas que podem causar inflamação e obstrução de artérias.
[...] "A gordura localizada ao redor de coxas e quadris é diferente da depositada no estômago. Há a gordura boa e a gordura ruim, assim como há bom e ruim colesterol".
[...] A partir dos resultados, o especialista aponta ser possível que no futuro problemas como distúrbios cardiovasculares sejam tratados com aumento da gordura nas regiões inferiores do corpo."
~

Entendi PERFEITAMENTE a Valeska agora. Desculpa, Popozuda. Nunca quis ofendê-la.

Só peço para os queridos médicos, antes de saírem "aumentando a gordura nas regiões inferiores do corpo" de uma pessoa, coloquem uma acessório simulando a bunda aumentada e mande o paciente ir comprar uma calça. CERTEZA que ao não conseguir achar uma calça por usar um tamanho na coxa, um no quadril e um na cintura, a galera muda de ideia NA HORA.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Gordelícia III

Valeska Popozuda vive seu momento Sapucaí Fashion Week



E eu aqui.
Fazendo promessa, me matando de correr, torcendo para um dia, quem sabe, ficar como a minha musa inspiradora... e sou obrigada a ver isso.
Jura que tem homem que gosta disso? Porque, geeente... se gostarem de verdade, eu viro sedentária e nunca mais reclamo desse poço de gordura e celulite que chamo de pernas e bunda.

Descobri uma ofença pior do que Mulher Melancia... é ser chamada de Valeska Popozuda.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Frase do Dia

"Eu gostaria de ser forte o bastante pra me manter distante. Mas quando eu digo que não volto mais, eu volto atrás e penso em você. A luz está fraca agora eu estou olhando as paredes que giram ao meu redor, e tudo parece fora do lugar se você não me fizer sorrir. Eu gostaria de não estar distante agora, eu queria pouco espaço, pouco ar... e muito de você."
[Fabrícia Marques]

Daqui.
~
Ainda buscando aquela poção mágica para tirar quem não pode e não deve estar dentro de mim...

sábado, 9 de janeiro de 2010

Frase do Dia

"É melhor passar-se por idiota do que comprovar que é um imbecil."
[Stephanie Vilarinho]
Uma das minhas promessas de ano novo foi tentar consertar/arrumar tudo o que estava desarrumado. É, eu sei, é muita pretenção a minha achar que poderia mudar a minha vida em um dia, mas tenho batalhado em busca desse meu 'ideal'.
Pedi desculpas há algumas pessoas com quem não tive uma atitude bacana;
Me despi da armadura e fui franca com o motivo dos meus suspiros;
Me livrei de todas as recordações que não me faziam bem - tá, de quase todas;
E... me sinto mais leve. Mais livre. Aos poucos estou recuperando aquela plenitude que eu acreditava possuir - sem saber que a nunca a possuí.
Todas as minhas imperfeições continuam presentes - ainda sou chata, impulsiva, carente, perfeccionista e ciumenta -, mas, finalmente, descobri que não posso lutar para mudar o que eu sou. Não parecerei mais forte se esconder o que sinto e não deixarei de ser meiga se disser 'não' algumas vezes.
A nossa essência não muda. Por mais que a gente tente, quem nasceu para princesa nunca chega a bruxa malvada - embora, às vezes, a gente até tenha o uso perfeito para aquela maça envenenada...
O que importa é que o cor de rosa tem voltado a aparecer. Agora não mais como aquele pink chocante, mas como um rosa bebê, de quem já amadureceu um pouco... mas não conseguiu esquecer seus sonhos de menina.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Drama Queen

Quarta feira, dia 06 de Janeiro.

Eu, no meio de um vaziiio existencial profundo, resolvo que mereço fazer meu dia de princesa, visto que pessoas me paparicando sempre melhoram meu mau-humor.

"Sou cliente preferencial do Coisas... nem vou ligar falando que tô indo!"

E... CARA NA PORTA! Elas estão de recesso!

"Ahh, tudo bem, vai. Não é mais a minha primeira opção, mas vamos ao Menina Flor"

E... CARA NA PORTA! Elas estão de recesso!

Geeente... todos os salões de São Paulo abertos e os únicos nos quais tenho uma fiel escudeira estão fechados. Porque é mesmo bacana eu ficar com essas unhas de mendiga que fez a unha há dez anos atrás e nunca mais viu uma manicure ou peluda como uma macaca.
É bem legal mesmo!
Mais legal ainda é eles não terem enviado aquele emailzinho bacana de fim de ano me dando uma massagem de aniversário e avisando o período em que estariam fechados. Porque é bem fácil ir a um salão novo, entregar as minhas mãozinhas de fada nas mãos de qualquer maluca com um alicate que pode decepar os meus dedinhos ou depilar-me com uma estranha, né?

"Oi, eu sou a Patrícia e essa é a minha virilha! Quero completa, tá?"

É preciso ter vinculo! É preciso aquele flerte gostoso entre você e sua depiladora. Na primeira vez você faz a perna... na seguinte, a perna e o buço... e quando você já percebeu que:
i) ela tem um jeitinho bacana de puxar a cera que não faz doer muito;
ii) ela não é uma doida que joga a cera fervendo em você em busca de uma queimadura de terceiro grau;
iii) ela não tem tendências homossexuais e não te olha com um olhar de desejo;
que você abre as perninhas - literalmente - para ela. Que mundo é eeesse onde todo mundo resolve fazer recesso de uuuma semaaana em Janeiro?
Quando eu aprendi as estações do ano, aprendi que no hemisfério sul o Verão é de Dezembro a Março e que, durante esse período, ter uma tonalidade acima na minha albinidade normal é bacana. Logo, o movimento nos salões aumentam. Logo, eles não deveriam fazer recesso de uma semana em pleno Janeiro!

Tudo bem.

A sorte delas é que eu não conheci o Malvino Salvador essa semana e que não namoramos, casamos e tivemos filhos. Porque, DAÍ SIIIM, elas veriam a fúria de uma mulher carente... e peluda.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Teoria do Biscoito, por Martha Medeiros

Uma vez minha vó me disse que homem é igual a biscoito: vem um, vêm 18. Eu devia ter uns 15 anos e achei graça. Mas só hoje, 14 anos depois, do alto da minha solteirice, eu compreendi tudo sobre essa teoria. E vi que vovó tinha razão.

Funciona assim: quando a gente tá carente, sozinha, solteira, e sai ligando pra todos os paqueras, ex-namorados, rolos e afins, ninguém te quer, não é? Pois é.

Essa é a primeira fase: tocos em profusão.

Na segunda fase, a gente resolve que não precisa de homem nenhum pra ficar bem, e aí aparece um só pra contradizer nossa certeza de auto-suficiência. Vem todo carinhoso, romântico, paparicante... A gente baixa a guarda, começa a sair com o cara, percebe que ele é interessante, resolve ver no que dá. Vai saindo, conhecendo, ficando... E aí o que acontece?

Entra na fase 3: a Teoria do Biscoito.
Chega um momento em que tu sente que a historinha tá evoluindo pra um possível compromisso, que está gostando daquele carinha, mesmo que ele não seja o príncipe encantado que sempre habitou seu imaginário de mulherzinha. Só que aí, neste exato momento, TODOS os outros que te dispensaram antes começam a te ligar. Parece que eles farejam no ar, que combinam entre si. Acho que a gente deve exalar algum cheiro diferente que, interpretado pelo cérebro masculino, diz "eu encontrei alguém, não estou disponível". Imediatamente, você se torna o objeto de cobiça de todos eles. Talvez justamente por estar radiante, feliz e não-disponível.

Aí rola aquela seqüência inacreditável de acontecimentos fantásticos. Você tá na vernissage com seu novo pretendente e aquele gatinho que você beijou a dois meses e nunca mais deu notícias começa a te ligar. Você vai pra boate sozinha (no dia que seu gatinho resolve ficar em casa descansando) e encontra aquele clone do Rodrigo Santoro, que namorava sua colega de serviço na década passada, e ele te olha, te acha linda e quer ficar com você. E aquele outro, que era seu sonho de consumo como namorado perfeito, partidão, mas que sempre te esnobou, começa a te ligar quase diariamente: chama pro cinema, chama pro showzinho, liga para perguntar o que tu tá fazendo, pra te falar do disco novo que comprou, liga só pra ouvir a tua voz... Tem gente que acha isso o paraíso. Mas na boa, eu acho que só serve pra atrapalhar. Porque, como mulherzinha do bem que sou, eu só quero essa penca de homens me ligando quando tô na guerra, que é pra poder escolher. Mas depois que eu resolvo sossegar com um, não quero que ninguém fique me ligando pra semear a discórdia e a dúvida na minha mente. Mas o babado é resistir às tentações.

De repente, com tantos homens fantásticos te ligando, tu começa a olhar pro seu pretendente atual e a achar que ele não é tão bonito quanto o fulano, nem tão alto e gostoso como o beltrano, nem carinhoso e bem-humorado como o cicrano. Você questiona se não está com ele por pura carência, porque ele apareceu num momento de falta de opções no mercado. E essa é a grande cilada. Muitas não resistem. Dispensam o gatinho atual e tentam administrar todos os outros. Eu já fiz isso. Aí a Teoria do Biscoito entra na fase final: a de que quem come o pacote inteiro tem indigestão. Fica sem ninguém. Todos somem e você fica sozinha, se perguntando como foi que deixou escapar aquele carinha tão legal com quem estava saindo, só por capricho.

Eu não sei se funciona assim para todas as pessoas. Mas eu decidi que agora vou dizer um sonoro "não, obrigada" para toda a fila de Negrescos com super-cobertura, e ficar sim com aquele que não é Negresco, mas é Bono de chocolate. Que não é Brastemp super-ultra-mega-estrelinha-plus, mas é Consul-slim e se encaixa direitinho na minha casa. Que não é o príncipe encantado, lindo, maravilhoso, perfeito, em cima do cavalo branco, mas que é um cara real, de carne e osso, que está do meu lado e quer ficar comigo. Quem me diverte e me agrada, e gosta das mesmas músicas que eu, e gosta de dançar música trash dos anos 80, que me apresenta pros amigos sem nenhuma cerimônia, que fica bolando pequenas surpresas pra me fazer e que é, sim, muito lindinho à sua maneira. Simples assim. Se não der certo, não deu. Faz parte da vida. Mas eu não preciso comer o pacote inteiro de Negresco pra saber que um Bono de chocolate me satisfaz.