Hoje acordei com um vazio similiar a ambivalência de sentimentos que qualquer bulimica sente: se ao mesmo tempo queria ter o controle sobre você, tomando-o para mim, gostaria que você saísse daqui de dentro.
Parece que a cada dia, o que sinto torna-se menor, porém, mais forte. Não fico mais tão emocionada ao ver qualquer foto nossa – ou qualquer foto sua e dela –, mas ainda não consigo apagar suas mensagens e fotos de meu celular, me livrar daquilo que vela meu sono todas as noites e do seu presente do Natal passado. Tentei, mas parece que de tais coisas não posso me desfazer. É como se, mesmo sabendo que não, ainda fosse vê-lo esse fim de semana e que precisasse de tar uma satisfação a respeito de disso.
Ainda continuo com aquela mania chata de comparar todos a você: os beijos que me dão e que não são os seus, os abraços que me dão e que, nem de longe, lembram os seus, o modo que ninguém me entende como você… Congelo toda vez que me chamam de “Papá”. Eu não sou “Papá” – eu sou a sua Papá. Ponto. Daria tudo para escutar um “Calma, Papá, você é maravilhosa e vai dar tudo certo” seu essa semana… mas, não. Mesmo a sorte – que sempre me pareceu tão amiga – me deu as costas. Vá lá, trouxa, quase morra do coração achando que acordou a namorada dele.
É como te disse uma vez: posso não gostar de você o tempo todo, mas te amo o tempo inteiro. E, por mais bizarro que pareça, acredito que esse amor me guiará até o próximo príncipe encantado.
E que seja você, de novo.