segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Como Desarmar uma Pessoa pela Manhã

08:20 e o celular toca. Mensagem.

Meio dormindo, abro os olhos somente o suficiente para ver de quem é. Número ovni.

"Bom dia."

Quem é esse SER que me acorda com uma mensagem de "bom dia"? Juro que se for aquele maluco eu vou mandá-lo tomar no cu. Só pode ser dele. Só ele é brasileiro e não desiste nunca. …mas bem que podia ser do… DEIXA DE SER BOBA, PATRÍCIA!

- Alô?

- Não queria te acordar.

E reconheço a voz. E aquele sorriso gostoso aparece, mesmo que eu não queria. Até para uma conversa fria e impessoal, era a melhor voz que eu poderia escutar pela manhã.

[Pode ser boba, Patrícia. Mas bem pouquinho. Só o suficiente para você imaginar ele aqui do seu lado e pegar no sono de novo… afinal, pode ser que tudo tenha sido um sonho.]

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Esse ano eu tô sem paciência para sorrisos falsos, abraços superficiais e "Feliz Natal" vazios. Não vou cantar "Noite Feliz" e "Jingle Bell" na secretária de ninguém, do mesmo modo que só retribuirei as estimas de Feliz Natal e bom 2010 daqueles que realmente quero que tenham isso.

Aos outros, eu só peço o que gostaria de ter todos os dias: sinceridade, em tudo. Na amizade, na ligação, no sorriso, em qualquer relação.

Que ganhem muitos presentes e que o dom de perdoar e esquecer o mal que lhe fazem seja um deles.

Que ganhem muitos beijos e abraços de crianças e que aprendam com elas a não esquecerem aquela inocência gostosa de achar que tudo vai dar certo e ver as coisas como são. Porque, às vezes, é só isso: sem complicação, sem subliminaridade, sem segunda intenção. É o que é, e só.

Que tenham alguém especial de quem lembrar, mesmo que essa pessoa não esteja pensando em você.

Que o "SIM" seja dito muitas vezes, que oportunidades sejam aceitas e que o medo de tentar desapareça!

Que tenham forças e coragem para agradecer qualquer ombro amigo que apareça e que agradeçam todos os dias por mais um dia. Porque não importa se você riu ou chorou, o importante mesmo é o que aprendeu – já que tudo é experiência, temos que tirar o melhor possível delas.

Que "desculpa" e "obrigada" sejam palavras recorrentes nos seus vocabulários e que não sejam ditas com medo ou com vergonha. Que o orgulho só seja utilizado quando for realmente necessário, nunca para impedir o uso dessas duas palavrinhas aí de cima.

Espero que 2010 seja sereno, para que possamos colocar em prática todos esses presentes de Natal e que aproveitemos cada minuto, intensamente.

Feliz Natal, de coração.

E que 2010 seja o melhor ano de suas vidas!

…porque, da minha, será.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Presentes

E nessa época do ano surge aquela dúvida: a quem presentear e o que dar de Natal? Não, não falo daquelas pessoas recorrentes e que invariavelmente estarão presentes na sua lista todos os anos, mas sim daquelas que entraram na sua vida "na última hora" e que tornaram-se relevantes – e nisso incluo novos amigos, aquela pessoa especial e mesmo aquele professor sensacional que te dá orientações ótimas para o TCC ou pesquisa científica.

Apesar de ser bastante mão de vaca (capricorniana, folks), acredito que as pessoas especiais em minha vida mereçam coisas especiais também, por isso não acabo estipulando um valor de presente para cada um. Não importa o valor, o que tornará o presente especial é o significado que ele tem para quem o receberá.

Cada presente é único e devemos, sim, nos preocupar com os detalhes. Uma embalagem diferenciada, algo que o torne único – um autógrafo numa camisa do time 'x' se a pessoa é fanática, uns docinhos que tenham significado para vocês ou mesmo o seu perfume que a pessoa gosta no ursinho ou almofada com a qual a presenteará (NÃO em roupas, por favor!) – além, é claro, do essencial: o presente deve ser escolhido para a pessoa. Não há nada mais impessoal e tosco do que "vales": Vale-CD, Vale-Livro, Vale-Compras, Vale-Mãe… mesmo que você erre, ache algo que você acredta que a pessoa gostará. Se ela não gostar, ela troca! NADA de vales!

A menos que você seja bastante íntimo da pessoa, fuja de   lingeries e afins. Uma das situações mais "vergonha-alheia" pela qual passei envolveu isso: a maluca resolveu presentear a professora com uma camisola vermelha. A professora ficou visivelmente constrangida, da cor da camisola, e com aquele sorriso amarelo, dizendo que havia adorado. Ela com certeza poderia ter gostado muito, se não tivesse ganho de uma aluna. E isso é para vocês, meninos: lingerie só depois de uns belos meses saindo.

No caso de roupas, fujam de roupas muito coloridas e com cores muito fortes. Mesmo que a pessoa goste bastante de roupas coloridas, opte sempre pelo branco/preto. As chances de errar são bem menores.

SAPATOS, NÃO! Não. Não, não, não. De maneira NENHUMA. Há muito envolvido na escolha de um sapato, não somente o quão lindo ele é. Leva-se em consideração como ele calça, como fica no seu pé, o quanto ele é confortável e mesmo o número. Num modelo posso usar 38, no outro 37 ou mesmo um 39. Então, não arrisque. Querer brincar príncipe da Cinderela é legal, mas se você não conhece bem a pessoa… forget it.

Tenham em mente que quanto menos você conhece a pessoa, mais você pode se arriscar…

Então, mãos a obra! Ainda faltam três dias para o meu aniversário (vulgo Natal) e ainda dá tempo de achar aquele presente bacana para as surpresas de última hora!

domingo, 20 de dezembro de 2009

O que ela mais gostava não eram dos beijos, nem de como sua voz era macia e seu sorriso lindo. O que disparava seu coração era a maneira como ele a olhava e a tocava, como se mais nada existisse, fazendo-a se sentir a pessoa mais especial do mundo.

Ele a olhava como se quisesse decorar cada parte dela e a tocava como se quisesse tomar posse de cada pedaço para si. Seus olhos pareciam querer saber todos os seus pensamentos e segredos, e aprender a reconhecer todas as suas reações, enquanto as pontas dos dedos faziam novos caminhos e criavam novas delimitações por sua pele, deixando-a arrepiada.

"Olha pra mim."

E a imagem de seus olhos vinham a sua mente, junto a excitação e quase as mesmas reações que tivera na hora.

E entre a cena de um vulção em erupção e uma fuga num trailer, a realidade a trás de volta.

Tudo isso que ela havia se lembrado, tinha acontecido depois do filme. E, naquele dia, ele não estaria ao seu lado após o final. Ou mesmo antes.

Tudo, mais uma vez, não passariam de lembranças. Só eram mais momentos bons, e que não se repetiriam, para sua caixinha…

sábado, 19 de dezembro de 2009

'Olha, essa aqui é a fulaninha…'

Tenho a mania chata de tentar me proteger e proteger a todos de quem gosto, isso em qualquer aspecto da minha vida.

Se tenho duas turmas de amigos diferentes e sei que há pessoas que não se dão – ou por ciúme de mim (haha, a desejaaada) ou por incompatibilidade de pensamento – evito fazer com que estas fiquem juntas. Afinal, não é porque eu gosto que tenho que forçar a outros gostarem também.

O mesmo acontece no aspecto afetivo. Eu simplesmente não consigo apresentar a pessoa com a qual estou envolvida aos meus amigos ou meu irmão – não citarei meus pais, porque isso só quando eu estiver quase casando… hehe - a menos que realmente goste muito dele. Só consigo lembrar de uma situação onde isso tenha acontecido.

Por outro lado, se isso é um problema para mim, não costuma ser para meus paqueras. Um fez questão de chamar a família toda para me conhecer na primeira vez que saímos e já programava um churrasco no próximo final de semana para me apresentar aos amigos; o outro achava que deveria virar brother dos amigos dele e frequentar a república da qual ele não saia mesmo que ele estivesse ausente; já tive aquele que me apresentou o melhor amigo no nosso segundo encontro e que, se havía qualquer conflito, a situação era toda resolvida a três ou a quatro, quando o 'terceiro elemento' muito brother - dele - também tinha que se meter; e aquele que, além de me apresentar a roda de família & amigos, dava piti se eu não almoçasse com ele e a mãe dele a cada quinze dias, pelo menos, ou não levasse o primo dele toda vez que saía de balada – afinal, preciso de um segurança, né? E realmente não irei olhar para o lado se ele não for e o primo dele estiver ali, fazendo as honras…

É só para mim que isso parece muito estranho? Não me parece muito normal deixar que alguém que não fará parte da sua vida entrar naquilo que você tem de mais precioso - que é o papel que meu irmão e meus amigos ocupam na minha vida - para talvez criar um vínculo e depois tirar a pessoa desse meio.

Tenho uma amiga que faz questão de nos apresentar qualquer novo paquera que ela tenha. QUALQUER UM. Se na terça saímos para jantar e o 'x' vai, na sexta saímos de balada e quem aparece é o novo, o 'y'. Ao questionar cadê o 'x', ela geralmente responde que precisava da "nossa aprovação". Oi? Aprovação? Quem tá com o cara é você ou eu? Ele tem que ser bonito para mim ou para você? Ele tem que fazer quem feliz?

É ridículo. Tudo não passa de um desfile. Você "expõe" o novo "bem" para depois simplesmente achar outra pessoa. Isso é falta de sensibilidade tanto para quem você quer bem – se alguém substituí uma pessoa com tanta facilidade, também fico me sentindo 'substituível' – quanto para com a pessoa que foi inserida na roda – porque, desculpa, posso ser bastante simpática, mas não quero sequer pensar em conhecer seus amigos ou família antes de te conhecer bem e ter certeza que não enjoarei daqui um mês.

Então, por favor. Reflitam antes de qualquer apresentação! Não vá sair apresentando o/a paquera da semana só para posar de pegador. Isso dá nojo!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

"Gosto quando te calas porque estás como ausente,
e me ouves de longe, minha voz não te toca.
Parece que os olhos tivessem de ti voado
e parece que um beijo te fechara a boca.

Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerge das coisas, cheia da minha alma.
Borboleta de sonho, pareces com minha alma,
e te pareces com a palavra melancolia.

Gosto de ti quando calas e estás como distante.
E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.
E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:
Deixa-me que me cale com o silêncio teu.

Deixa-me que te fale também com o teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo.

Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se tivesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade."

[Pablo Neruda]

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Rafaeeelle

Vulga Fá, Ayalinda, Rafa, amiiiga e afins.

Duas coisas:

"É essa incansável busca pelo prazer que me dá vida e me cansa. Essa paixão imensa por viver cada segundo intensamente, não disperdiçando nenhum minuto. Muitas vezes nessa busca, a mágoa e a decepção são inevitáveis... e junto com elas algumas juras e promessas, supostamente eternas - mas completamente sem sentido - são feitas. Passamos a viver nos defendendo de tudo e de todos, até a ferida cicatrizar. Ou não. Às vezes aparece um alguém que derruba todas as nossas barreiras e nos dá força para sentirmos e buscarmos novamente aquilo que era a inspiração de nossas vidas. E quando esse alguém aparece, oferencendo a segurança, o apoio e a coragem necessárias, a única coisa que a gente pode querer é agradecer e segurar essa pessoa... e não deixar ela sair do nosso lado nunca mais."

[por mim, em 25 de Julho de 2006]

"...É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa…"

[Clarice Lispector]

É… por mais que o tempo passe, eu sempre posso dizer as mesmas coisas a você.

Minha vizinha, minha pequenina, minha diário… minha gêmea.
Porque eu sou aquela menina do sorriso 24 horas/dia, cheia das idéias mirabolantes, alto astral e forte pra caralh*... e você me fez ver isso ontem, há um ano e, se Deus quiser, continuará sempre!

Que seu sorriso gigaaante e seus olhinhos azuis estejam sempre ao meu lado, fazendo com que eu veja tudo sobre outro prisma, puxando a minha orelha, tendo aventuras malucas… e dividindo a vida comigo.

Obrigada por ser assim, tão você! :)

paaaa

domingo, 13 de dezembro de 2009

"A vida é como um almofadão:

Um dia você tá lá... bem… feliz… relaxando… no outro dia… PUFF…"

sábado, 12 de dezembro de 2009

É…

Você percebe que está completamente ferrada quando beija um cara que você queria beijar há bastaaante tempo… e não sente nada. Nadica. Porcariazinha nenhuma. Nem no sentindo físico, emocional, sentimental, racional, psicológico ou sei lá eu que outros sentidos existem.

Você ainda consegue ir além, trocando o nome dele toda vez que olha para seus cabelos – porque eles são bagunçados e cacheados como o da pessoa que você gostaria que tivesse ali –, e ligando um pouco alterada para o ausente…

Cansei dessa brincadeira. Alguém sabe alguma mandinga, simpatia, macumba, dança do desaparecimento ou qualquer outra coisa que faça com que eu magicamente me desencante?

Odeio me sentir assim.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mulher-objeto

Confesso que certas coisas ainda me assustam.

Estava eu na academia, correndo atrás do meu projeto – Projeto Verão? Projeto Vestido-de-Formatura? Projeto Acaba-Logo-Porcaria-de-Promessa (que fez aniversário agora dia 05… um ano e cinco meses! UHU! =/ )? – quando encontro um conhecido que há tempos não via. Eis que colocando o assunto em dia (Tá namorando? Casou? E a faculdade?), tenho a seguinte devolutiva após afirmar que 'não, não estou namorando' e que 'sim, ainda quero me casar':

"…mas você sabe que está fazendo tudo errado, né? Se você quer casar, não precisa ser inteligente… é só ser ter um corpão…"

Na hora me faltaram palavras para definir o asco que senti. Acreditava que os homens que gostavam das "burras, porém gostosas" já não existiam mais e agradecia por isto. Mas, ledo engano. Eles ainda existem – e pior – ainda há mulheres que se sujeitam a isso: finjem-se de burras para manterem seus relacionamentos.

Alguém pode me dizer que graça há nisso? Porque, ao meu ver, isso nada mais é do que uma relação de interesses (ou relação puta-cliente, como preferirem): eu te como e desfilo com você, mas em compensação pago seus cartões de crédito. Quanto tempo dura uma relação assim? Um mês, um ano, uma vida? É preciso muita falta de auto-estima, por parte de ambos, para que isso aconteça. Você só terá a pessoa do seu lado como enfeite e conversará com ela sobre o que, como está frio hoje?

O tesão e a vontade de exibir o que possuímos, passam… são as conversas e os momentos bons, compartilhados, que ficam. Devaneios sobre o buraco negro, a cor da pitanga, canções de ninar e carneirinhos pulando a cerca, marcam. Infelizmente… ou não.

Mas, olha… foi bem fácil entender porque o panaca ainda está sozinho… e porque continuará se depender de mim e da minha campanha contra.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

orkutSó porque eu achei a coisa maaais toscamente fofa o "Pati" ali… :) hahaha

Te olho nos olhos

“Te olho nos olhos
e você reclama
que te olho muito profundamente

Desculpa.
Tudo que vivi, foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou
e você foi me tirando
os espaços entre os abraços,
guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre,
não importava o que os outros dissessem.

Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim,
como se houvesse a possibilidade
de me inventar de novo.

Desculpa.
Se te olho profundamente,
rente à pele,
a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços
a ponto de ver a estrada muito antes dos seus passos

Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos!

Eu não vou renunciar a mim
nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer
te olhando profundamente.”

[Ana Carolina]

~

Atração dos Sexos

Daqui.

Pô… a bunda precisa ser só grande ou à la Gracyanne Barbosa – ela anda e a bunda não mexe; ela pula e a bunda não mexe; ela rebola e a bunda não mexe; ela canta, dança e representa… e a bunda não mexe?

Porque se precisar ser só grande, tô quase criando um funk:

"Se liiiga aí, moçada,
pr'essa moda que eu tô lançando
se tu tem a bunda grande
feliiiz pode ir ficando!
Se tu não tem, ma oê,
isso é com você
porque eu… sou mó atraentchi,
sou mó atraentchiii"

Se nada der certo, eu posso ser atendente de telesexo ou funkeira, isso é fato.

Mas quem muito rebola, desanda. Tô é muito de boa de ser "atraente" por causa minha bunda. Prefiro ser atraente por atributos não-físicos. :)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Eu quero ser um cotonete!

Você tá lá com o cara.

Rolou uma química e aconteceu um beijo. O beijo aos poucos começa a encaixar melhor, suas mãos que estavam em seus ombros começam a procurar cabelos e ele ao seu pescoço… até que encontra com sua orelha. E resolve, do nada, que o ideal é enfiar a lingua dele dentro do seu ouvido, talvez na esperança de vê-la saindo do outro lado. E você, menininha bonitinha e gostosinha que até agora estava gostando de tudo, broxa.

Eu não sei em que manual estava escrito que mulheres gostam de línguas dentro de suas orelhas, mas ARRANQUEM essa página, por gentileza.

Não falo somente em meu nome, mas na maioria de nós, mulheres cansadas de sentir nojo de situações assim. Acredite, não é nada confortável ter alguém do seu lado fazendo as vezes de um cotonete. Sem falar que nós gostamos bastante de escutar o que se passa ao nosso redor… e ficar com saliva no timpano não permite que isso aconteça. Quando nós abaixamos a cabeça, não estamos fazendo charminho… simplesmente estamos evitando passar por essa situação. Então, entendam!

Mordidinhas, uma sacanagem ou uma assopradinha de leve são muito bem vindos,  mas sua língua, não.

Capice?

Ele não vem…

Marina estava impecável. Se preparou a semana inteira para o encontro de sexta-feira. Cabelo, roupas, depilação, perfume, vinho, música. Tudo perfeitamente calculado.

Esperou e ele não apareceu. Ela ficou de minuto em minuto observando o andar do relógio e quanto mais olhava, mais o relógio ia diminuindo o ritmo. Pensou em ligar, mas não iria se submeter a isso. Esperou a noite inteira e ele simplesmente não apareceu. Um grandessíssimo filho da puta.

Parou em frente ao espelho e não pode esconder o peso do desapontamento. Os olhos estavam borrados, com pálpebras caídas e o olhar assassinado. Fechou a casa, desligou o rádio, odiou a algazarra que vinha do bar ao lado do prédio.

Tudo a irritava.

Desejou com toda a sua força um tapa ouvidos para não ouvir nem um som do mundo. Como pode outros com tantos prazeres e alegrias e ela com nada? Deitou no sofá da sala que escurecia. Ficou ao lado do telefone. Quem sabe ele ligava? Amanheceu na sala. Pela janela o sol batia em suas coxas e vinha subindo pelas suas entranhas. Se despiu sozinha e aos poucos. Abriu mais a cortina e as coxas e deixou que o sol a possuísse.

Daqui.

~

Vocês tem a impressão de que certas coisas vem ao nosso encontro?

Posts de um blog onde você não conhece ninguém que diz tuuudo aquilo que você sentiu, mensagens no seu celular de uma fulana falando que estará no Rio na quarta e para ele ligar se quiser vê-la, pessoas que brotam dizendo que viu o fulaninho não sei onde quando ele disse que estava chegando ou coisas assim?

E você nem precisa ir atrás… parece que tudo faz questão de cair no seu colo, de mão beijada.

Precisamos nos benzer. Isso é fato!

E você, amiguinha, precisa desfazer esse acordo que você fez com Deus para ter esse “dom da premonição” – ou informantes em todas as esquinas, como quiser isso é fato também.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Sei lá…

São estranhas as peças qeu a vida nos prega. Em um momento, pessoas que você nunca imaginou que um dia fariam parte de sua vida, tornam-se seu cotidiano, enquanto outras, que eram seu diário, subitamente tornam-se mais distantes.

Posso dizer que a minha vida mudou bastante este último trimestre. Pessoas que eu acreditava que não iam muito com a minha cara mostraram-se significativas o bastante para fazerem parte do meu cotidiano… e hoje é estranho imaginar como não nos falávamos desde o começo do ano. São idéias que se completam, experiências trocadas que no fundo tem a mesma vivência, ensinamentos diários, uma melhor aceitação sobre diversos fatores e filosofias e mais filosofias sobre a vida e afins. E tudo isso em apenas três meses!

Neste mesmo período também quis me fazer apaixonada por alguém. Imaginava que, por saber da paixonite que ele sentia por mim, tudo seria mais fácil… era só eu ficar afim também que, pronto, love is in the air… Mas não. Não é fácil assim. Você percebe que no coração você não manda. Percebe que embora ele te atraia fisicamente, uma vez que possui todos os atributos que você acha interessante, é preciso muito mais para que uma paixão aconteça.

Você não começará a gostar de telefone só porque ele te liga; você não começará a mandar mensagens todo dia só porque ele manda; você não começará a gostar do riso dele se este irrita desde o primeiro dia; o beijo de vocês não encaixará de uma hora para outra porque você resolveu isso; suas noites parecerão valiosas demais para serem gastas com alguém que para você não faz diferença, alguém que você precisa pedir para que vá; você não terá coragem de dizer a ele o que passa na sua cabeça quando ele te olha; você tem a impressão que nunca conseguirá dizer a ele tudo o que pensa, quer, deseja… tudo isso são coisas que simplesmente acontecem. Quando você menos espera, com a pessoa mais improvável possível, acontece. E é sempre com aquela pessoa que não pode ser. Aquela que nunca virá a sentir o mesmo por você. E sabe tudo aquilo que não te agradava com o outro? De repente, torna-se o seu passatempo preferido…

Nesse momento, você percebe o quão estúpido é por tentar controlar o que sente e mesmo por tentar sentir algo que sabe não ser possível. E se martiriza por saber que a história de sua vida se repete de novo… e descobre que, por mais que deseje, não é alguém por quem as pessoas podem se apaixonar…

“- E como ele é, fisicamente atraente e sentimentalmente indisponível?
- Não, esse é você…”

[Brothers & Sisters]

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

'Dá uma saudade falar nela', diz Rafael Almeida sobre Pérola Faria

Eles se conheceram durante a novela "Páginas da vida" e não se desgrudaram mais. O namoro de Pérola Faria e Rafael Almeida durou três anos, mas teve um ponto final há cerca de dois meses.

O motivo, segundo o ator, foi a distância. "A gente terminou realmente porque estávamos nos desencontrando muito e muito afastados um do outro", contou ele ao EGO.
Rafael fez questão de afastar os rumores de que teria uma nova namorada e demonstrou que ainda tem um sentimento muito forte por Pérola. "Não estou namorando ninguém, estou solteiro", falou. "O que eu posso dizer é que ela é uma mulher incrível [fica com olhos marejados e faz uma pausa]. E quero muito, muito vê-la feliz, esse é um dos meus objetivos e desejos de vida. Quero muito vê-la feliz, ela merece. Ela é a pessoa mais especial que tive na minha vida", completou.
[…] Daqui.

As variáveis “mais maravilhosa”, “mais encantadora” e “mais… putz, não acho uma palavra para diga tudo” também podem entrar no lugar do “mais especial” e do “mulher incrível”.
A melhor parte é que todo mundo quer a felicidade de todo mundo - “quero muito vê-la feliz”, “você merece ser muito feliz” e afins - mas ninguém quer fazer parte dessa felicidade alheia, né?
“Não é você, sou eu”… é lógico que o problema é o outro, você só não quer dizer isso a ele. Daí diz que o problema é com você, que ele(a) é ________________ (escolha um dos adjetivos citados acima), que merece ser feliz e pronto. Você só acabou de arrumar mais um problema na vida da pessoa, porque ela vai ficar querendo saber se, já que é assim, por que está sempre sozinha?
Quer dar o fora em alguém, simplesmente dê. A pior parte é querer arrumar desculpas para isso. Seja sincero (com cautela, por favor!)! Se você já não sente mais o que sentia antes… só diga que não está mais rolando. E ponto.
Essa coisa de “você é a pessoa certa na hora errada”, “se eu estivesse em outro momento / situação seria diferente” e afins, só fode e machuca mais o outro. Sério.

“Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.

A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.

Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.”

[Pablo Neruda]

 

Desnecessário dizer que estou viciada nele, né?

Até que ponto o álcool é o culpado pelas nossas”besteiras sexuais”?

Acabo de ler uma pesquisa feita pelo site da revista Vanity Fair, segundo a qual 0% das pessoas  de 18 a 44 anos disseram que beijariam um colega de trabalho nas famosas “festas da firma”, que começam agora em dezembro. Isso mesmo: ninguém pegaria ninguém do trabalho! Respondendo assim, sóbrio, qualquer pessoa de bom senso diria o mesmo. Mas a verdade é que esse tipo de evento sempre vem acompanhado de  álcool e música (geralmente ruins). É o que basta para fazer com que muita gente mude de ideia - até vá além dos beijos – e passe o próximo ano inteiro se escondendo na baia.

A pessoa muda de ideia ou faz o que realmente tem vontade, pois perde – literalmente – a noção? Usei a festa da firma como exemplo, por causa da pesquisa e da proximidade dos tais eventos (e por ser um exemplo clássico de arrependimento no dia seguinte eheheh), mas o que eu gostaria mesmo de saber é: até que ponto o álcool pode ser culpado pelas besteiras (sobretudo as sexuais, claro) que as pessoas fazem?

Pergunto isso pela quantidade de relatos (de amigos, conhecidos, leitores) que tenho ouvido nos últimos dias sobre porres acompanhados de transas irresponsáveis (em situações e, sobretudo, com pessoas erradas). Já tomei alguns porres na vida e  fiz coisas das quais me arrependi depois, mas isso não significa que eu não estivesse (bem) a fim de fazê-las. Acho que o álcool é apenas um encorajador. Mas muita gente jura que ele é o único culpado. Será?

Daqui.

~

Na boa?

Botar a culpa no álcool é muito fácil. Já tive bebedeiras inenarráveis, mas só uma vez não tive consciência do que fazia. Uma vez. E quando me contaram o fato, dei graças a Deus por não ter feito nenhuma merda muito grande (hahaha) e só. Todas as outras vezes que estava bem louca, sabia o que estava fazendo.

Você sempre sabe o que faz. O álcool só faz com que o superego perca um pouco de seu poder repreensivo. O que você faz ou deixa de fazer quando tá bem louco, você sempre quis fazer. É fato.

 

E, na boa… recalcadas são essas pessoas que disseram que não pegariam ninguém do trabalho na “festa da firma” quando sóbreos. No meu último trabalho, quando entrei, havia seis sócios – cinco homens e uma mulher. Pegaria quatro deles fácil, fácil. Só não me deram a oportunidade – e a cara de pau. HAHAHA

Senhor,

dê-me paciência… porque se me der força e qualquer tipo de arma, eu mato um feriado qualquer.

Por que existem pessoas que só nos entendem quando somos grossas? Mamãe me ensinou a ser delicada e a expor meu ponto de vista sempre da melhor maneira possível, discordando da pessoa – caso assim seja –, sempre educadamente… mas existem pessoas que só entendem se você fala xingando e com o tom de voz alterado… cadê o booom seeenso, geeente?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

“Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.”

[Pablo Neruda]

Filosofia de Bar

“Esqueiro é como duende: você só acha quando já está bem louco…”;

“Você já reparou na mágica dos esqueiros? Você sai de casa com um esqueiro pequeno e branco e volta com um preto e grande; saí com o preto e grande, volta com um rosa com ondinha; saí com o rosa com ondinha, volta sem nenhum; saí sem nenhum, volta com dois… Isso até o dia que você sai com um e volta com um Zippo. Daí você compra uma corrente e não deixa que ele saia do seu bolso nunca mais.”;

“Minha relação com a bebida é que nem mulher de bandido: tento ficar sem, mas sempre volto e acabo apanhando.”;

“…porque posso estar com azia, mas enquanto tiver bebida eu tenho que beber, né? É mais forte que eu…”

 

“- Pra curar ressaca, chá de boldo do Chile é ba-ta-ta.

Por quê do Chile? Se eu usar boldo de outro lugar não funciona?”

 

“…se essa é a melhor desculpa que você conseguiu inventar, é melhor nem saber a história de verdade…”

 

Minhas noites felizes, definitivamente. :)

R.I.P.

Tô quase fazendo uma sessão de obituário aqui porque tá complicado. Hoje foi a Leila Lopes. Sabe, aquela atriz que acordou um dia e resolveu que faria pornô? Então.

Lembro que quando tava na segunda ou terceira série, eu tive como lição de casa do meu livro de português que colocar uma foto de uma mulher bonita que representasse a princesa do texto que a gente havia lido. Adivinha de quem foi a foto que escolhi? Pois é. E eu achava a Leila bonita porque ela tinha aquele rosto meio tortinho… é. Eu e meu gosto duvidoso, desde sempre e para sempre. hahaha

Vamos ficar com lembranças boas de Leilinha, sim?

Espero que ela não tenha girado, giraado, giraaado, giraaaado… porque nós vamos continuar a nos lembrar dela.

Ah, gente… sem querer ser chata, mas já sendo. Se fazer um pornô eu fosse, um ator mais bonito com certeza eu iria escolher!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

“É com você, Lombardi”

Eu percebo que tô ficando velha quando pessoas vistas como imortais por mim passam desta para melhor:

O Beto Carreiro, o Pedro de Lara, o Enéas, a Dercy, o traveco do Ronaldo… e agora o Lombardi.

A certeza que eu posso me jogar da ponte virá quando a Xuxa e a Angélica baterem as botas. Daííí… fó-deo.

Ma oee, vou sentir falta da voz do Lombardi. :(

ADORO sentir vergonha alheia

Já é velhinho, mas eu adoro! (L)

“Pisa na barata, pega a borboleta;
pisa na barata, pega a borboleta”

~

E agooora… o novo clássico!

“Agora eu vou
arrumar meu cabelo lon-go
eu vou passar o meu BLUSH BLUSH
eu sou STEFHANYYY”

Stefhany, na minha próxima vida eu quero ser linda e absoluta COMO VOCÊ! (L)

“Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando
.”

[Pablo Neruda]

 

~

Olha, não é por nada, não…

Mas eu teria MUITA vergonha de fazer uma festa para comemorar meu “aniversário de namoro” se o meu namorado fosse um babaca que pega (ou tenta pegar) todo mundo pelas minhas costas. Ninguém é tão porta para se fazer de boba assim.

Fica a dica. :)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

10 Melhores Séries da Década

Me amaaarro numa lista, né?

Um dos meus sites preferidos é o Lista 10. Por quê? Vou lá, morro de rir e fico pensando em como tem pessoa que se importa com coisas toscas… E faço questããão de montar minha própria lista depois – porque tosca sou, não nego.

Uma das minhas últimas aquisições literárias foi o “101 Coisas a Fazer Antes de Morrer”, que sugere coisas como “fugir de um restaurante chique sem pagar a conta” e “ler os melhores livros jamais escritos”. O que mais me anima é que das coisas sugeridas, só fiz sete… ou seja: tenho muitas atividades pendentes! haha

Mas vamos ao que interessa:

Segundo o Hollywood Reporter, as 10 melhores séries da década, são:

Sopranos 

The West Wing

Curb Your Enthusiasm

The Shield

Damages

Mad Men

30 Rock

24 Horas

Lost

10º Modern Family

Tá. Embora não tenha muuuita paciência para séries – me emputece ter que esperar UMA SEMAAANA para saber o que aconteceu ou deixou de acontecer (me chame de tapada, mas baixar seriados, filmes e afins não é um dom que eu tenho) – e nem muito conhecimento (hahaha), vou dar meu pitaco!

Sopranos, The West Wing, 30 Rock, 24h e Lost – ok, conheço e assisto/i uns episódios perdidos quando o início da Lua cheia acontece numa quarta feira dia impar de mês par – ou seja: quando ligo a TV e tá passando. Agora, me diiiz… alguém conhece as outras? Mas, tipo… conhecer mesmo, de pegar a pipoquinha, ir para frente da TV, desligar o celular e não sair porque tá passando? Porque dei um Googleada nelas… e nenhuma me apateceu.

Na minha humilde opinião, House e C.S.I. deveriam ter entrado na lista.

House porque não há quem não se envolva pelos casos e pela frieza do Dr. Gregory House. É aquele tipo de série que você não consegue parar de assistir.

E CSI… Ah. A série é boa, os casos bons, os efeitos especiais alucinaaantes… e ainda tem o George Eads, né? Precisa de maaais o quê?

Ainda posso sugerir The O.C., The Big Bang Theory e Dexter, e estas três com a melhor justificativa de todas: Porque eu gosto. hahaha.

Por trás do pé na bunda, por Ivan Martins

O escritor franco-argelino Albert Camus disse que o suicídio era a grande questão filosófica do nosso tempo. Parafraseando, eu diria que o fim dos relacionamentos é a grande questão da vida afetiva moderna: por que as pessoas se separam? Por que tantos de nós fracassam em manter relações estáveis e duradouras? Por que num mundo repleto de possibilidades de encontros há tanta gente sozinha?

Nos últimos dias, como num filme, tive duas ocasiões para pensar concretamente sobre isso.

Na primeira ocasião, dei de cara numa festa, inesperadamente, com uma ex-namorada de enorme importância. Ela estava com um homem mais alto, mais jovem e mais bonito do que eu. Parecia feliz. Dias depois, encontrei num restaurante outra das poucas mulheres que marcaram a minha vida - dessa vez com a família, a mesma que eu costumava freqüentar.

Rever essas duas mulheres, vê-las seguindo tranqüilas o fluxo da própria existência, me fez pensar sobre o que havia levado, nos dois casos, à separação. A conclusão, simples e chata, é que não aconteceu nada realmente espetacular. Não houve crime, traição, abandono, tragédia, fatalidade, drama, gritos, morte, nada. Se eu tivesse de apontar a causa mortis diria... O que eu diria mesmo? Não sei.

Sei que as pessoas parecem se cansar umas das outras. Elas enjoam. Perdem o interesse. Elas se distraem, desafinam entre si. Não sentem mais tesão e logo deixam de sentir alegria. O outro deixa de ser uma surpresa cintilante para se tornar uma repetição. O sonho empalidece, os planos nublam, chove. Quando se perde o amor, chove.

Quando a gente fala dessas coisas é comum que as pessoas perguntem: quem acabou, você ou a fulana? Isso costumava ser a coisa mais importante do mundo. Afinal, quem leva o pé na bunda carrega o ônus (formal) da rejeição. Dói e às vezes dói muito. Mas hoje, de uma perspectiva mais experiente, isso me parece de importância secundária. Não interessa a quem cabe o gesto final - o fato importante é que acabou. Os dois perderam, de novo, a oportunidade de serem felizes. É uma espécie muito concreta de fracasso que muitos de nós experimentamos seguidamente.

Outro dia, almoçando com um amigo na Vila Madalena, ouvi a versão resumida (com sotaque carioca) do drama das relações adultas. “Homem não presta”, ele disse. Ponto final. É divertido, mas é bobagem. As mulheres já não são poços de virtude ou de paciência e, no geral, padecem do mesmo mal que afeta os homens: a insatisfação difusa e a falta de objetivos. O que eu espero do outro? O que eu quero para nós dois? Vai saber.

Da minha parte, eu tenho feito um esforço danado de entender o que nos separa. Já tive dois casamentos e, como dizem os mexicanos, o terceiro é o que conta. Estou me preparando: duas sessões de análise por semana, esta troca semanal com vocês (que ajuda imensamente a entender o que eu penso e sinto) e a exploração descarada da vida dos amigos – tudo que eles fazem me interessa, desde que venha contado em detalhes, desde que se possa aprender.

O que eu aprendi até agora? É pouco, mas eu divido:

1) Tem de ter compromisso. Estar com alguém vale a pena, ainda que seja uma pessoa por década, por ano ou por mês. Uma relação monogâmica ainda é o melhor jeito de aprender sobre o outro e sobre si mesmo. Mas exige atenção e dedicação.

2) Se tiver problemas, converse. Homens (com exceções notáveis) não gostam de discutir a relação. Está errado. Nós somos criaturas tão complexas, tão neuróticas e fundamentalmente tão infelizes que já é um milagre que convivamos socialmente sem nos matar o tempo todo. Como se vai dormir junto, comer junto e beijar a boca um do outro sem que pilhas de questões apareçam? Fale. A palavra salva.

3) Quando o sexo fica chato, paciência – e imaginação. Lembre que você tem a sorte de viver no século 21 e que tudo (ou quase tudo) que você e sua parceira (ou parceiro) quiserem fazer, é permitido. Dentro e fora de casa. Se um vídeo da Sasha Gray não for o suficiente, há um mundo inteiro de possibilidades reais e imaginárias a seu dispor. Explorar é bom.

4) Quando o sexo ainda continua chato, escute, preste atenção na parceira. As mulheres, quando sentem que há espaço, são atrevidas e divertidas. Escute o que a sua mulher tem a dizer, sobretudo se ela falar baixinho ao seu ouvido.

5) Quando encontrar em público as pessoas que já foram importantes para você, seja gentil. Você é o resultado direto da vida com seus parceiros. Do carinho, das risadas e dos gritos com eles ou elas. Isso é muito mais importante do que lembrar quem levou o pé no rabo.

Daqui.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Egocentrismo

Menos de um mês para o meu aniversário. O que fazer? Olhar os trânsitos vigentes para o meu signo, é lógico! Já decidi que inferno astral esse ano não me atinge (cof, cof), entããão… ixpia comiiigo:

Encontrando prazer fora da rotina

De 18/11 às 12h02 e 13/12 às 3h57, Patrícia, é um momento particularmente bom para todas as questões que envolvem espiritualidade. a prioridade do momento é sair da rotina: conhecer novos lugares, fazer coisas diferentes, experimentar novas coisas.

- Vou a um puteiro, faltar na academia e ter uma overdose;

Aprendendo a lidar com o stress cotidiano

Entre os dias 22/11 às 0h19 e 16/01 às 6h35, a impressão que se pode ter é que o stress aumentou, que os pequenos afazeres estão mais irritantes, e dá vontade de sair "soltando os cachorros" em cima das pessoas.

- Oi, só nesse período?

Sol na casa 9, lua na casa 1

Nesta próxima fase que vai de 25/11 às 23h04 a 28/11 às 6h39. Você estará vivendo um momento excepcionalmente favorável para fazer contato com pessoas que estão distantes, ou mesmo viajar.

- Vou ligar para o cha-cha-chat line e fazer amigos no nordeste;

Cuidado com incoerências e contradições!

Entre os dias 25/11às 6h28 e 08/12 às 2h22 poderá ser sentido por você como uma fase de uma certa incoerência e contradição, Patrícia. Sabe aqueles dias em que a gente tem a impressão que quer fazer uma coisa, mas as nossas atitudes apontam para caminhos contrários?

- A Teoria da Inveja chama isso como “Inveja de si mesmo” – ou autoboicote. Bem aquela coisa: eu me amo, mas não gosto de mim o teeempo todo;

A boa projeção intelectual na carreira

Entre os dias 25/11 às 5h01 e 16/12 às 0h58 pode ser um momento particularmente interessante para você dar uma acelerada na sua vida profissional, fazendo os contatos convenientes, trocando informações ou mesmo fazendo um curso de aperfeiçoamento em sua área de interesse.

- Oi, vou fazer contato conveniente com o que, meus alunos? “Olha, quando você crescer e for CEO de uma multinacional, me dá uma ligada, tá? Não esquece, anota aí meu número.”

~

E porque desgraça pouca é bobaaagem, ainda tive que assumir as verdades inadmissíveis daquela que me conhece melhor do que eu mesma. Daí, fudeu. Porque só o que não podia acontecer, aconteceu.

“Aiii, amiga, relaxa que sou forte! Não vai acontecer nada, não! Daqui a pouco passa, você conhece!”

- Você, forte, Path? Eu achava que você era forte antes de te conhecer, quando te via chegando. Hoje eu sei que é só impressão e que você é a pessoa mais sensível e meiga que eu conheço. Tô falando pra você tomar cuidado justamente porque te conheço e sei que não passa.

[…]

“Capricórnio é estável, tradicional, ligado à família e ao passado e muito, muito fechado. Sua casa não se abre para qualquer pessoa, pois é bastante discreto e reservado. De temperamento ensimesmado e gênio forte, capricórnio é leal, sério, comprometido e muito, muito fiel. Ciumento e inseguro, nosso severo e controlador capricorniano detesta ser provocado em tais aspectos. ”

Oi, posso me jogar no poço agora?

domingo, 22 de novembro de 2009

Parece um dia normal.

Você acorda, olha no relógio e vê que precisa levantar. É o tipo de compromisso inadiável, que poderá definir suas ações e roupas pelos próximos dias.

Você chega no horário e tem aquele momento de simpatia forçada.

- Oii, queriiida! O que você quer fazer primeiro?

“Nada” - você pensa, mas oraliza que - Tanto faz.

- Tudo bem. Vai tirando a roupa e deita enquanto eu pego a cera.

Agora você não tem mais como escapar. Enquanto tira a roupa, se pergunta porque não abole as roupas que mostram a perna e o sexo da sua vida. É… melhor não. “Será que existe algum país no mundo onde ser peluda é bacana?”. Por não saber se esse lugar existe e não viver nele, prefere deitar.

Nisso, sua torturadora abre a porta:

- Tá um calooor hoje, né? … Dobra a perna.

Você sente aquele quentinho gostoooso da cera…

- Muito calor! Eu vou para a praia aman… –

…esquecendo momentaneamente que ela sai.

“CARAAALHOOOO! Minha Nossa Senhora das Mulheres Peludas! Por que eu não nasci homem? Por que eu não nasci sem pêlos? Tá decidido, não me depilo mais. Só me depilo porque essa sociedade MACHIIISTA disse que tem que ser assim…  nenhum filho da puta merece isso. Eu me curto peluda, por que tenho que me depilar? Mentira, quero morrer quando vejo que estou o elo perdido entre o homem e o macaco. Eu vou chorar... vou mesmo, cansei. Não quero mais.  Mas, pera, não posso mostrar para ela que sou fraca assim. Vai, pensamento positivo, só falta do resto da virilha, as pernas, o buço… FORÇA! Eu sou linda, absoluta e graças a Deus não são a Stefhany. Preciso fazer aquela cara bonita. Cadê aquele meu sorriso lindo? Esse, mas não tão amarelo assim. Vai, continue a frase. Do que eu tava falando? Ah, é. Praia.”

– …para praia amanhã.

- Ah, que legal. Vai para onde? Vai com as amigas, com o bofe? … Não doeu, né? Quando tá calor dói menos, você não acha?

- É… não dói quase nada.

Pelo menos você sabe que nesse dia não incomodará ninguém com seus problemas. Você sai tão anestesiada do salão que acaba por deixá-los no lixo mais próximo, junto a cera usada… até a sua próxima ida a depiladora.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Regrinhas básicas de convivência

- Sou possessiva e ciumenta. Bastante. Se gosta de mim, portanto, respeite isso e não dê motivos para que eu fique brava. Posso não falar, mas eu MORRO de ódio quando me deixam de lado para falar com as novas melhores amigas de infância das quais eu não gosto; quando me chamam para fazer algo, eu não vou e sou “substituída” por qualquer nanica celulitosa; ou quando tentam, deliberadamente, me fazer sentir ciúmes das piranhas que surgem através de todos os meios de comunicação. Então… cuidado. Não olhar mais na sua cara é bem fácil.

- Demonstrações públicas de afeto? Não, obrigada. Não estamos namorando, então, DESGRUDA! Não quero perder a minha noite aqui, com você insistindo em me abraçar e segurar a minha mão, quando tenho uma pista de dança BOMBANDO e muitos conhecidos ao meu redor ou mesmo quando ando alegremente pelo shopping. Fique a vontade para levar as minhas sacolas, mas da minha mão cuido eu, obrigada.

- Tato é algo que tenho desenvolvido no último ano. Agora, ao invés de soltar um “Vai embora porque eu não te aguento maaais”, com o auxílio de universitárias eu digo “Tô vendo que você não tá se divertindo. Não precisa ficar aqui por minha causa, se quiser ir, fique a vontade”. Então, por favor, use o hemisfério cerebral responsável pela leitura corporal – ou mesmo facial – e perceba o real sentido da frase. Dizer que vai pensar não demonstra inteligência e sim estupidez.

Sessão desabafo para evitar a introjeção voraaaz do objeto. hahaha

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Oh-owww

- Você tem algum problema, garota.

Na verdade eu tenho sim. Chama-se escrúpulo.

Escrúpulo

1. Inquietação do espírito que hesita em obrar receando que o ato não seja lícito.

2. Hesitação; suscetibilidade.

3. Atenção; cuidado; minúcia.

4. Nojo; asco.

5. Repugnância.

6. Remorso.

Agooora, adivinha de quais números eu gosto e por quê.

domingo, 15 de novembro de 2009

Estranho…

Minha vontade é subir no prédio mais alto e gritar para que tooodo mundo saiba dessa coisa deliciosamente estranha que eu tô sentindo… mas eu tô com medo. Morrendo de medo.
Medo de me perder e de me achar só estando com você.
Medo de levantar… e de depois cair, novamente. Porque acredito que se cair dessa vez, me machucarei de tal maneira que não vou querer mais tentar.
Medo de ficar dependente da sua voz, dos seus abraços e dos seus beijos… de você.
Por que você tem que ser assim? Tão maravilhoso… tão você? :X

~
[…]
I've been spending all my time
Just thinking about you
I don't know what to do
I think I'm fallin' for you
I've been waiting all my life
and now I found you
I don't know what to do
I think I'm fallin' for you
I'm fallin' for you
[…]
[Colbie Caillat – Fallin’ for you]

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Coisas que NÃO podem ser feitas sem luz

- Tomar um banho quente;

- Secar o cabelo (“Mas, pera… como eu vou ligar o secador se tá sem luz?”);

- Carregar o celular;

- Começar uma discussão pelo celular – se a bateria acaba, já viu…;

- Sair para comprar chocolate;

- Sair de balada (“…ahh, Ri, daqui a pouquinho a gente chega aí!”, “Ah, linda… se a luz não voltar, não vai ter balada, né? hahaha”);

- Querer que a luz da geladeira acenda quando você abrir a porta;

- Esperar que fiquem feliz por serem recepcionados com velas;

- Um sexo selvagem. (Isso é, até pode… se o babaca do seu namorado te atender. hahahaha)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

She loves Jeeesus

Quem diria que um passatempo de fim de ano iria se tornar algo tão sério, hein? Um amigo próximo do casal disse que Madgie…

"Really does love and need Jesus - and she does not hold all the power in their relationship. He grew up with strong Christian beliefs. He wants to marry and be taken seriously. She doesn't want to lose Jesus and so the visit to his parents is her way of saying she will make this relationship permanent. He wants proof of commitment and he wants her to make an honest man of him."

Oi, só eu vejo algo MUITO incestuoso nisso?

Sei lá… Madonna e Jesus… Mamãe e Jesus… Maria e Jesus!

É o fim dos tempos… MESMO! Ainda vou procurar alguma coisa na Bíblia sobre isso.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

101 Clipes

E continuando a saga de dicas que podem mudar a sua vida – ou pelo menos o seu dia – segue uma indicação que tem distraído bastante: os 101 melhores clipes da década.

Tem de tudo: desde o clipe da música que me debulha em lágrimas (Hurt, do Johnny Cash) à dançante e alucinante Single Ladies e bandas que eu nunca ouvi falar.

Espero que vocês se divirtam tanto quanto eu. :)

“If I could start again
a million miles away
I would keep myself
I would find a way”

A melhor parte de estar com insônia é o pensar.

Ao deitar, tudo aquilo do que escapo parece vir a meu encontro, sem pedir licença ou autorização. Simplesmente aparece, junto a teorias, planos e maneiras malucas de resolver tais situações. E todas as soluções, após mais alguns instantes pensando, me parecem infundadas e banais. Mas, pensando bem, tudo é infundado e banal, já que os problemas não existem e que nós os fazemos importantes. Talvez as soluções para os problemas que achamos ter criem mais problemas. Ou talvez essas soluções só nos façam perder tempo pensando, pensando, ficanco mal e pensando… Porque por mais que achamos ter a resposta, nada depende só da gente.

E a pior parte de estar com insônia é o pensar…

 

…mas, de vez em quando, aparece uma voz cativante e te diz que, melhor do que pensar, é viver. :)

sábado, 7 de novembro de 2009

Você fez merda.

Ou não. Pode ser que tenha sido uma besteira gigante ou não, era só algo que seu id (maldiiito id que não escapa do superego!) queria muito fazer… e que você fez.

Tá. Daí você supostamente realizou esse desejo repreendido… e não tem uma opinião formada sobre isso. Quer dizer, até tem, mas gostaria de ouvir a opinião do outro para saber se condiz com a sua… e o outro não te dá essa abertura.

Você fica se martirizando. Não pára de pensar no que houve e fica com medo das reações que isso pode trazer…e fica criando mil e uma teorias para saber porque o outro não te dá essa abertura… e fica se sentindo cada vez pior.

O que fazer?

Oi, posso me jogar pela janela agora?

domingo, 1 de novembro de 2009

1001 Discos

O que fazer num feriado que foi frustado devido a uma forte gripe e a sinusite atacada? Atualizar-se!

Eu sou movida a música. Seja na academia, indo para o trabalho ou mesmo para pegar no sono, estou sempre ouvindo, cantarolando ou pensando em algum ritmo musical. Por isso fiquei encantada e precisava compartilhar esse link: não é nada mais, nada menos do que os 1001 discos de deveríamos ouvir antes de morrer.

Confesso que estou extasiada e que daqui a pouco não terei mais memória no computador, muitos menos algum pen drive vazio... mas quem liga?

Enquanto me divirto, deixo-os com uma das minhas cantoras favoritas (e que teve seus dois álbuns inidicados na lista):

Amy Winehouse – Just Friends

“[...]Though we need to find the time
To just do this shit together
For it gets worse
I wanna touch you
But that just hurts
[...]”

sábado, 31 de outubro de 2009

Still glubing

Hoje acordei com um vazio similiar a ambivalência de sentimentos que qualquer bulimica sente: se ao mesmo tempo queria ter o controle sobre você, tomando-o para mim, gostaria que você saísse daqui de dentro.

Parece que a cada dia, o que sinto torna-se menor, porém, mais forte. Não fico mais tão emocionada ao ver qualquer foto nossa – ou qualquer foto sua e dela –, mas ainda não consigo apagar suas mensagens e fotos de meu celular, me livrar daquilo que vela meu sono todas as noites e do seu presente do Natal passado. Tentei, mas parece que de tais coisas não posso me desfazer. É como se, mesmo sabendo que não, ainda fosse vê-lo esse fim de semana e que precisasse de tar uma satisfação a respeito de disso.

Ainda continuo com aquela mania chata de comparar todos a você: os beijos que me dão e que não são os seus, os abraços que me dão e que, nem de longe, lembram os seus, o modo que ninguém me entende como você… Congelo toda vez que me chamam de “Papá”. Eu não sou “Papá” – eu sou a sua Papá. Ponto. Daria tudo para escutar um “Calma, Papá, você é maravilhosa e vai dar tudo certo” seu essa semana… mas, não. Mesmo a sorte – que sempre me pareceu tão amiga – me deu as costas. Vá lá, trouxa, quase morra do coração achando que acordou a namorada dele.

É como te disse uma vez: posso não gostar de você o tempo todo, mas te amo o tempo inteiro. E, por mais bizarro que pareça, acredito que esse amor me guiará até o próximo príncipe encantado.

 

E que seja você, de novo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Namorando?

Ultimamente, as pessoas têm me perguntado bastante o porque desde meu medo de relacionamentos… e isso me fez pensar: estaria eu muito desacreditada nos homens ou teriam os homens  piorado sua atitude? Cheguei a conclusão de que se já tinha os que não prestavam antes, agora esse número triplicou – e isso chega a ser bizarro.

Conheço um cara que começou a namorar recentemente… e que, por enquanto, ainda não tomou consciência do atual estado civil. Continua ligando, pentelhando, mandando mensagens dizendo que não entende porque nosso lance acabou – e, enquanto isso, a namorada manda scraps apaixonados e faz barraco dizendo que ele é só dela… mal sabendo do que ele faz via outros meios de comunicação.

Conheço outro que dá em cima de toda mulher que vê. TODAS, sem excessão – isso porque tem namorada. E um dia desses, nós conhecemos a namorada – que acreditavámos ser uma mistura de jagunça com filhote de cruz-credo, vista as atitudes dele… - e a menina é linda! Linda, simpática e dona de um corpaço…! Mas do que adianta se matar na academia, ser linda e simpática, se no final você é corna?

Daí me perguntam: “Por que você não namora…?”. Porque eu não estou a fim de dor de cabeça, obrigada. Prezo bastante o direito de ir e vir do outro e quero alguém que esteja do meu lado porque quer, que não espere que eu saia pela porta para dar em cima de outra pessoa. Para quer iludir outra pessoa se você não supre as necessidades dela? Para que comprometer-se se você não tem a intenção de dedicar-se?

Defendo piamente os relacionamentos casuais – onde não há nenhum tipo de cobrança ou mesmo monogamia. Se você conseguir levar essa fase numa boa e descobrir que não precisa de outros, que só aquela pessoa te satisfaz, ótimo, invista em um relacionamento sério. Agora, se você perceber que não há um envolvimento tão grande assim, e, é lógico, se a pessoa concordar com essa situação, continue “administrando” a situação solteiro.

Só, por favor, não me venha coramingando dizendo que continuou sendo um filho da puta, que a namorada descobriu, você levou um pé na bunda e que agora está apaixonado. O mínimo que vou fazer é te mandar a merda.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

- Tudo bem?

[Na verdade, não. Eu ainda sofro de com um amor não correspondido e de excesso de libído. Me sinto cada dia mais solitária e acabo aprimorando as minhas barreiras e defesas diariamente. A cada dia, minha crença em que as pessoas de verdade - aquelas que podem me encantar - estão em suas casas e que não as encontrarei por aí, aumenta. E isso me decepciona de tal maneira… que prefiro continuar assim, dentro da minha casca de ovo.]

- Tudo. Só tô um pouco cansada por causa do estágio.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

“6 Tipos de Sexo que Eles Adoram!”

Nada contra quem gosta, mas a Nova não me desce. Como sempre, fui ao salão fazer fazer meu dia de princesa e comecei a esfolhear uma edição da revista… e desde quando eu me entendo por gente, ela é igual - o conteúdo é igual, as matérias são iguais… e tudo gira em torno de sexo.

“Guia Incendiário do Sexo Oral”;

“8 Passos para Você Nunca Mais Perder Um Orgasmo”

“69 idéias excitantes de sexo de 11 garotos de programa”

A impressão que tenho é que a revista forma um exército de robôs: “Hoje eu vou rasgar a camisa dele, depois darei um banho com a água quente e fria e farei um sexo oral alucinante enquanto faço a dança do macaco indiano com diarréia”. Geeente… daqui a pouco estão levando a revista para cama!

E o estar junto? E você descobrir o que o seu parceiro gosta por mérito, vendo cada reação dele ao que você faz? Não estou dizendo você deva ser uma porta, que nunca deva tomar a iniciativa ou que fique sempre no papai-e-mamãe… só não acho legal essa que coisa padronizada não é bacana. Sexo é descobrimento. E você vai se aprimorando com cada olhar, suspiro, gemido ou tremida de seu parceiro, não através de revistas! Não é porque um cara gosta de ser xingado que todos gostarão… Por isso, descubra-se e descubra-o. Sem essa de regras e pudores… a única coisa válida (e necessária) nesse caso é o prazer para ambos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Deu no Ego II

gaga

Cópia? Capa do CD de Lady Gaga lembra foto de Claudia Leitte. Já imagino a Lady Gaga dizendo:

‘Do you know that brazilian singer… Claudia Leche? I want my new cd cover juuust like that pic on her site!’

Me amaaarro na falta de bom senso e realidade dessa galera que escreve no Ego! Mas daí me perguntam… “Por que você lê issooo?”. Ahh, coleguinhas… onde mais eu vou ficar sabendo que a Chatolina Dieckman tá ardendo, mas tá feliz e que a dona do corpo dos meus sooonhos se bronzeia enquanto o Latino toma uma cerveja? Sabe… são notícias que mudam a vida de qualquer um! Esperem quando eu cantar-dançar-e-representar… vocês lerão muito de mim lá! hahaha

sábado, 10 de outubro de 2009

Rio de Janeiro - 2016

Só eu acho essa Olimpíada no Rio um absurdo? Porque, ao que me parece, muitas pessoas estão fora da realidade “comemorando” tal evento.

Apesar de ser apaixonada por qualquer tipo de esporte e ansiar por fazer parte de alguma equipe técnica brasileira em 2016, não consigo parar de pensar nos contras que isso nos trará. Sim, haverá muito investimento tanto público quanto privado – ao que dizem… –, mas não sai da minha cabeça o superfaturamento e o caixa dois que isso trará, tanto para os cariocas quanto para os outros brasileiros – ou você acha que o dinheiro que eles investirão sairão de mensalões ou de cuecas? O Pan, que deveria receber o investimento de alguns milhões, acabou atingindo R$ 4 BIlhões. E a maioria do que foi construído, foi abandonado. Alguém acha que será diferente?

Essa Olimpíada só deixa mais claro que o brasil hoje vive a época do Pão e Circo: deixe que o povo se distraia com os eventos eportivos e esqueçam das reais necessidades – como educação, melhor transporte público, saúde pública. Ah, mas e o esporte, centro principal de uma Olímpiada? A este, milhares também não tem acesso. Os que têm, ou possuem uma condição financeira estável ou sonham em ser jogadores de futebol e mudarem a sua vida – coisa que acontece com poucos. “Mas o governo disse que investirá nos esportes…” não muda-se a cultura de um povo em sete anos. A Jade Barbosa, ginasta medalhista no Pan do Rio e que, com certeza, teria um futuro brilhante, lesionou-se ano passado e fez uma campanha VENDENDO CAMISETAS para levantar fundos para o tratamento de seu punho, isso porque não teve nenhum incentivo tanto público quanto privado. Investir em novos atletas? Bacana. Investir nos atletas lesionados com um grande futuro? Mais bacana ainda.

Eu realmente gostaria de comemorar tal evento… mas não tenho orgulho dessa situação. Gostaria que uma Olimpíada e/ou uma Copa fossem realizadas por um real desejo, não para camuflar a situação vergonhosa que o Brasil se encontra. Se o futuro finalmente chegou, como ouvi dizer, não atendeu as minhas expectativas. Esperava por algo concreto e que realmente fizesse a diferença para todos – e não só uma campanha para o “Enforcamento de 2015”.

domingo, 27 de setembro de 2009

Ogrinhos que Amamos - 1º

Se eu não sou uma gênia na arte do crime, tô bem perto disso! hahaha A Playboy não tem a sessão “Mulheres que Amamos” (é, então… para os ingênuos que nunca viram uma Playboy, eles tem, sim!)? Então… hoje eu inauguro a sessão “Ogrinhos que Amamos", porque gente… tem muitas pessoas por aí que fazem uma geração inteeeira ovular e não sabem – e que vão continuar não sabendo, porque né?, esse pobre desse blog atinge, o que, seis pessoas? But, whatever…
Gostaria muuuito de começar com o ogro da minha vida, meu Neanderthal preferido, mas se ele sabe desse instinto meio psicopata que mantenho escondido por ele, acabou qualquer novo encontro de beijinhos&abraços, né? Como ainda pretendo várias saídas com aquele bracinho da grossura da minha coxa em volta da minha cintura e aquele trapézio saltaaado, delícia de morder, melhor me conter.
Então, quem? Estava eu me atualizando das fofocas internacionais no site mais odiável quando… Hugh Jackman.
Ah, Senhor.
Quem precisa de mais algum motivo para gostar de X-Men? Que mulher (ou quase mulher) não assistiu ao último X-Men só porque era a história do Wolverine e Hugh-Jackman-sem-camisa-a-lot?
Chega de introduções.
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~
Ah, e vocês viram que bonitinho o Felipe-ô-menina-deixa-disso-quero-te-conhecer-Dylon? Agora ele é rasta. É… Porque vocês sabem, né. Rasta que é rasta idolatra a Jah e não bebe.
Isso ao meu ver, isso é tudo uma desculpa para fumar maconha o dia inteiro e argumentar com os pais que “faz parte da minha religião” quando eles reclamarem… Eu acho que não precisa de tudo isso para fumar seu beck em paz – principalmente quando você é quase albino de tão branquelo e coloca uns dreads pretos para ‘incorporar’ - mas, cada um sabe o que faz, né?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Espaço X Tempo

O que eu mais gosto é a noção de realidade de umas pessoas:

“Oi, maravilhoooosa! Tô te ligando pra te mandar um beijo de bom diiia!”

Ah, que lindo. Seria mais lindo se não fosse às 05:00 da manhã.

Realmeeente… bom diiia, gatiiinho! Agora que você me acordou para dar bom dia, meu dia será BEM MELHOR! (y)

Juro, vou começar a perguntar logo de cara para as pessoas com as quais me envolvo qual é sua mania bizarra… pq tá cada dia PIOR!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Olá, Amiguinhos!

Hoje, a Titia Path vai ensiná-los como dar um pé na bunda em um simples passo! Vocês estão prontos?

(Estaaamos, capitã!)

1º e único passo:

Você diz: EU NÃO QUERO MAIS.

e… só. Uma explicaçãozinha também pode completar a sentença, mas fundamentalmente é isso. Sem desculpas. Sem nada de “você é maravilhoso(a)” e afins. Cabe ao outro ser inteligente e entender que acabou.

E se acontecer uma briga no meio desse término? Melhor. É sinal divino que acabou de vez! Quer dizer, costuma ser… Por que, e se o maluco te procurar depois dessa briga? Daí você pode usar o “combinado” citado no post anterior: “Ué, a gente não tinha combinado que eu era __________ e você era um _________?” (complete os espaços vazios com algum dos xingamentos utilizados durante a briga) e nããão dê o braço a torcer! :)

Não percam o programa de amanhã, onde ensinarei como tirar a meia sem tirar o sapato!

sábado, 12 de setembro de 2009

A Volta dos que Não Foram

- Ué, a gente não tinha combinado que eu era uma biscate e você um macaco?

“Ah, linda, não fala assim… morro de saudades de você.”

- Ah, tá. Um dia quando eu resolver quebrar a minha promessa eu te ligo, tá? Until there, please don’t get in touch.

Oi, porque as lamparinas do juízo de algumas pessoas não acendem?

~

Porque eu faço questão de ver o último capítulo das novelas? Arebabado, eu sei que vai acabar tudo igual, tike! É sempre assim… vai chegando no fim e eu subitamente me interesso por saber o que vai acontecer. Então vamos aos meus finais que seriam bem mais divertidos!

- A Maya iria se jogar no rio não-sei-das-quantas, toda de branco. Alias, alguém me explica como uma pessoa magicamente passa de Preta Gil cover à toda maquiada, casada e produzida? Não entendi bem essa parte...;

- O Lima Duarte iria tirar a roupa, ver que geeente, velhinho com barba e que depila a axila não rola e se jogaria no rio também também;

- A namorada do Tarso iria chegar no hospício e seria internada. Senhooor, quem usa um cabelo cor de cenoura THAT FAKE e tem orgulho disso?;

- O Opash iria a uma depiladora, porque mesmo com roupas ele parece meio nojentinho… (é, eu consigo imaginar aquela quantidaaade de pelos!);

- O Caio Blat iria tomar vergonha na cara e começaria a fazer bonzeamento artificial. CHEGA DE COTAS RACISTAS NA ÍNDIA! Ser o único indiano quase albino não rola!;

- Jogaria uma bomba naquela casa de samba/dança/sei-lá-o-quê onde todos vão durante a festa do casamento do Tarso. Afinal, existe uma lógica IMENSA no filho de uma milionária casar e a festa de casamento ser lá, né? Tão PEDIIINDO por um atentado terrorista!;

- Norminha iria para o Ratinho fazer o DNA já que descobriria que está grávida… de alguém que ela não sabe quem.;

- O Bahuan iria entrar pela cota de ex-apresentadores. Como um protagonista (?) pode aparecer no último capítulo menos de um minuto e em cima de um elefante? Prestei muito mais atenção no elefante do que nele, sorry!;

- A Cléo Pires - BISCAAATE, dona do meu ódio eternamente – queimaria no mármore do inferno, Inshalá;

- E, como alguém precisa se dar bem, deixaria que o Tarso e o Raj viessem aqui para casa. Final feliz para todos! :) êêê

Gente, porque a Grobo ainda investe nessa autora? Deveriam me contratar! Tenho mais futuro! E TAMBÉM TENHO JEITIIINHO!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

I Will SURVIVE!

At first, I was afraid, I was petrified.
Kept thinkin' I could never live
Without you by my side,
But then I spent so many nights
Thinkin' how you did me wrong.
And I grew strong
And I learned how to get along.

And so you're back from outer space.
I just walked in to find you here
With that sad look upon your face.
I should've changed that stupid lock,
I should've made you leave your key,
If I had known, for just one second,
You’d be back to bother me.

Well, now go! Walk out the door!
Just turn around now,
'Cause you're not welcome anymore!

Weren't you the one
Who tried to hurt me with goodbye?

Did you think I'd crumble?
Did you think I'd lay down and die?

Oh no, not I! I will survive!
Oh, as long as I know how to love,
I know I'll stay alive!
I've got all my life to live.
I've got all my love to give.
And I’ll survive! I will survive!
Hey, Hey!

It took all the strength I had
Not to fall apart
And trying hard to mend the pieces
Of my broken heart.

And I spent, oh, so many nights
Just feeling sorry for myself.

I used to cry,
But now I hold my head up high!

And you'll see me, somebody new,
I’m not that chained up little person
Still in love with you.

And so you felt like droppin' in
And just expect me to be free,
But now I'm savin' all my lovin'
For someone who's lovin' me!

Capicce?

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Berna, 2 de Janeiro de 1947

Querida,

Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. Nem sei como lhe explicar minha alma. Mas o que eu queria dizer é que a gente é muito preciosa, e que é somente até um certo ponto que a gente pode desistir de si própria e se dar aos outros e às circunstâncias. Depois que uma pessoa perde o respeito a si mesma e o respeito às suas próprias necessidades - depois disso fica-se um pouco um trapo.

Eu queria tanto, tanto estar junto de você e conversar e contar experiências minhas e dos outros. Você veria que há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. Eu mesma não queria contar a você como estou agora, porque achei inútil. Pretendia apenas lhe contar o meu novo caráter, um mês antes de irmos para o Brasil, para você estar prevenida. Mas espero de tal forma que no navio ou avião que nos leva de volta eu me transforme instantaneamente na antiga que eu era, que talvez nem fosse necessário contar. Querida, quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. Você já viu como um touro castrado se transforma num boi? Assim fiquei eu... em que pese a dura comparação... Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também minha força. Espero que você nunca me veja assim resignada, porque é quase repugnante. Espero que no navio que me leve de volta, só a idéia de ver você e de retomar um pouco minha vida - que não era maravilhosa mas era uma vida - eu me transforme inteiramente.

Uma amiga, um dia, encheu-se de coragem, como ela disse e me perguntou: "Você era muito diferente, não era?". Ela disse que me achava ardente e vibrante, e que quando me encontrou agora se disse: ou esta calma excessiva é uma atitude ou então ela mudou tanto que parece quase irreconhecível. Uma outra pessoa disse que eu me movo com lassidão de mulher de cinqüenta anos. Tudo isso você não vai ver nem sentir, queira Deus. Não haveria necessidade de lhe dizer, então. Mas não pude deixar de querer lhe mostrar o que pode acontecer com uma pessoa que fez pacto com todos, e que se esqueceu de que o nó vital de uma pessoa deve ser respeitado. Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que você imagina que é ruim em você - pelo amor de Deus, não queira fazer de você mesma uma pessoa perfeita - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse o único meio de viver.

Juro por Deus que se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia - será punida e irá para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não será punida por essa mesma mornidão. Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo aquilo que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma. Espero em Deus que você acredite em mim. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Isso seria uma lição para mim. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade de alma.

Tua Clarice.

~

(Em 95, o escritor Caio Fernando Abreu, então colunista do jornal O Estado de São Paulo, publicou uma carta que teria sido escrita por Clarice Lispector a uma amiga brasileira. Ele comenta, no artigo, que não há nada que comprove sua autenticidade, a não ser o estilo-não estilo de escrita de Clarice Lispector. Ele dizia: "A beleza e o conteúdo de humanidade que a carta contém valem a pena a publicação..." )

domingo, 30 de agosto de 2009

Bizarrices de Um Cotidiano

O meu ex-estágio, entre muitas coisas, fez com que eu descobrisse quem é responsável por uma cena bastante bizarra da qual fui vítima: o Gerente de Produto do picolé de Alpino. Alguém pode me explicar como alguém desenvolve um produto com esse formato?

A forma dele sempe me pareceu meio bizarra (ô mente maliciosa!), mas nunca havia me trazido problemas… até ontem.

Estava eu, linda e loura no farol chupando meu picolé, quando para um motoqueiro do meu lado. Até aí, normal. A coisa começou a ficar um pouco estranha quando ele começou a me encarar enquanto eu, feliz e desligada, degustaaava de meu sorvete-chocolate. E mordo a casquinha de fora e chupo o sorvete tentando deixar o centro intacto e continuo comendo a casquinha… e o cara me olhando, com uma cara de quem tava se amarraaando. Quando percebi – o que deve ter levado algum teeempo - fui obrigada a fechar o vidro e evitar o sorvete até o farol abrir novamente.

Então, resolvi fazer o apelo: se alguém conhece o FILHO DA PUUUTA responsável por esse produto, por favor, sugira uma mudança de formato em meu nome? Sei lá, que o faça em forma de coração, da barra que é vendida no mercado, ou talvez – pedindo muito, pedindo MUUUITO – num formato de um picolé NORMAL… mas esse formato meio cilindrico com chocolatinho no meio não tá rolando.

‘Gradicida, viu?

~

Preciso terminar com um apelo de um necessitado que passa frio e fome em um lugar distante, do outro lado do mundo:

- UM GRANDE APELO AS MÃES DO BRASIL: DEEM NOMES MAIS BONITOS PARA SEUS FILHOS, CARALHO! ASSIM, QUEM SABE, UM DIA ACABA ESSA PORCARIA DE FUTEBOL!

(Estou torceeendo para que as mães NÃO deem nomes bonitos a seus filhotes... quem serão os feiosos que nós vamos aprender a amaaar e nos deixarão felizes todos os fins de semana? HAHAHAHA)