segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Com 20 anos...

Eu vou me iludir menos e viver mais;
Curtirei mais paixõezinhas bobas;
Me entregarei mais a tudo;
Só vou gostar de quem gosta de mim;
Serei carinhosa e romântica com quem merece, sem medo de ir "rápido demais" [;)];
Eu vou rir muito - o triplo, no mínimo, do que ri esse ano;
Não vou criarei muitas expectativas em cima de ninguém, em qualquer tipo de relação intrapessoal;
Aproveitarei as oportunidades que a vida me dará - tooodas elas!
Vou continuar sendo meio retardada.

Parabéns pra mim e Feliz Natal a todos vocês!

~

Confesso que a muitos aniversários não me sentia assim: o coraçãozinho tá ansioso, batendo BEM mais forte do que o de costume.

Mas "daqui a pouco já é Natal" desde o primeiro dia de Janeiro e agora, que só faltam poucas horas, tô meio assim...

É...

C´est la vie! :)

[Finjam que nesse post consta a data do dia 25! :) ]

domingo, 23 de dezembro de 2007

É...

Vigotsky afirma que a fala não é capaz de expressar tudo o que o pensamento deseja.
Se a fala não é capaz, as palavras vão conseguir?
Não sei, nem tenho paciência para tentar.
Só sei que eu nunca entendi tão bem "Pensamento e Linguagem"...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

"- Mas o que fizeram com a minha menina?! ...você virou uma mulher linda, Path... linda demais!"

Porque foram muitas as vezes que eu fui mandada para a coordenação por aprontar e muitas as outras que eu fui por livre e espontânea vontade só para matar aula e conversar... Mas em nenhuma - repito: nenhuma - das vezes, eu senti vontade de chorar e de rir ao mesmo tempo, como eu senti ontem, quando minha ex-coordenadora do colégio me disse isso e me abraçou.
Tantas vezes fui confortada por aqueles braços, que sempre estiveram abertos me esperando e sempre com conselhos ótimos, que me ajudavam nas melhores e piores fases e momentos.

Aiii... alguém faz o tempo voltar e me deixa ir para o colégio?

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

[Não me olha, não me toca e finge que eu não tô!
Porque perto de você não me controlo... melhor parar tudo pra gente ficar aqui, nesse momento. Seus olhos nos meus, sua mão segurando a minha e eu emoldurando seu rosto com a outra, descobrindo cada detalhe... Não vai embora, não demora na volta!]

~
"Bem, confesso que assim que te conheci, não vi nada demais. Sim, claro que te achei bonito e sexy, mas naquele momento, não passava de um cara comum, como milhares que a gente encontra por aí, nem melhor ou pior que os outros. Sim, claro que você era simpático, e não pensaria duas vezes em ficar com você, mas dificilmente passaria disso, de um lance ocasional.

[...]
Então aconteceu...

Não me pergunte como, porque até agora não consigo me lembrar dos instantes anteriores ao toque dos meus lábios contra os seus. E foi assim: tão mágico que parece que este curto caminho sequer existiu.

Bem que me disseram que beijo bom é beijo roubado.

E o seu foi assim: roubado apenas com o brilho dos seus olhos, pela força do seu encanto. No começo foi lento, suave, como se quisesse sentir o gosto de sua saliva, o calor saindo de sua boca...o leve tremor se seus lábios.

[...]
Oras, até um minuto atrás eu mal me importava se pintaria algo entre nós, e agora, depois de um beijinho de nada já estou preocupada com o que ele irá pensar? Peraí...Este não foi um beijo qualquer! Não! Como pude ser tão inocente? Agora consigo entender o que realmente aconteceu: o frio na espinha, o estômago virando sem parar, a eletricidade correndo pelo meu corpo...

[...]
Por isso que foi tão bom, tão delicioso, porque não foi como os milhões que havia experimentado, mas algo que veio bem de dentro, do fundo do seu coraçãozinho! Coraçãozinho, uma ova!! Uma armadilha, isso sim! E chamar aquilo de especial, de delicioso??? Mas não foi nada demais, juro! Boca com boca, língua com língua, troca de babinhas, o que mais teria de especial?
Foi macumba, catimbó ou simpatia brava, mas nada vai me tirar da cabeça que eu estou assim, deste jeito, sem uma intervenção do além! E você sabe bem disso! Tanto sabe que nem conseguiu disfarçar seu ar de satisfação quando terminou e me viu meio abobalhada, com a boca ainda aberta, metade da língua pendurada para fora, com um pé na terra e outro na superfície lunar!

Nossa, você me beijou com a certeza de que eu não escaparia de jeito nenhum!!!

E agora, meu Pai? O que fazer, se não paro de contar os minutos para te encontrar, poder beija-lo sem parar!? [...] Eu estou pensando apenas em te beijar!!!!! Como é possível, com todo um corpo para aproveitar, eu me prender apenas as lembranças desta sensação tão maravilhosa que foi o seu beijo? Taí, novamente estou dizendo estas babaquices de "maravilhosa"!!

Senhor, dai-me paciência! Tudo bem que eu esteja nesta situação humilhante, com o coração cheio de ansiedade, mas afasta de mim este cálice cheio de frescuras!!!
Pronto...Nem consigo conversar direito com o Criador e você novamente me vem à mente, homem??

O quê, meu Deus?...Não escutei direito...Como? O senhor está me dizendo que eu acabo de me apaixonar ao primeiro beijo!?

Então já era!!!

Ah, maldito, só de raiva eu vou gastar todo o meu estoque de batom esta noite!!!"

Para ler na integra, clique aqui! :)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Romântica pra cacete, por Tatiani Bernardi

Nem todo dia tem Sol, nem toda sobremesa é cheese cake e nem toda relação homem e mulher é romance.
E você vai fazer o quê?
Vai se matar por causa do cinza acima da sua cabeça? Vai tremer hipoglicêmica e carente porque só sobrou torta holandesa? Vai se manter virgem e intacta até aparecer o homem que vai te dar uma casa com cerquinhas brancas, cachorrinhos e bebês?
Claro que não, você vai viver a vida, curtindo o que ela tem de melhor. E o que um bonitão que só quer te comer pode ter de melhor? Bom, eu poderia fazer uma lista. Mas a droga do romance estraga tudo isso, a droga dos filmes românticos nos enganam como as propagandas de cerveja que enchem de gostosas os babacas segurando um copinho.
Por que raios a gente tem de romantizar qualquer demonstração de carinho de um homem se na maioria dos casos eles só querem nos comer? E por que ficamos tão putas se eles apenas nos comem e caem fora?

Quem disse que eles são obrigados a nos amar eternamente só porque conheceram de perto a nossa beleza interior? E, finalmente: que mal há em sermos gostosas e os homens quererem nos comer?
Por que isso parece ofensivo? Por que nos sentimos usadas se ambos estão lá de livre e espontânea vontade?

Isso é herança das mulheres pudicas, sonhadoras e donas de casa do século passado ou a célula do romance vai eternamente se multipilcar e passar de geração em geração através das mulheres?
Eu tento, juro que tento. Mas a droga do romance não me deixa em paz.
Eu não tenho mais idade para ficar morrendo de vontade de dar para um cara e ficar enrolando até ouvir juras de amor eterno (que podem ser só para me comer), francamente isso não é coisa de mulher!
Mas depois passo anos pensando se não fui muito fácil.
Eu vou lá, mato minha vontade, tomo um belo banho, volto independente e resolvida pra casa e acordo no dia seguinte morrendo de vontade de ganhar flores, receber ligações românticas e promessas eternas.
É uma praga.
Conscientemente eu sei que nem todos os caras querem namorar comigo, e mais conscientemente ainda eu sei que eu também não quero namorar com a maioria deles. Mas lá dentro fica a dúvida: será que fui usada?
Da onde vem esse sentimento fraco, submisso, antigo, arcaico, pobre e idiota de que numa relação sexual o homem é o dominante que come e a mulher a coitada que é comida?
Claro que tem os babacas que nos fazem sentir assim, não se preocupam com o nosso prazer e agem na velocidade do prazer deles.
Mas tirando esses babacas (e depois que você experimenta um quase sempre fica descolada para afugentar os outros) por que um homem que te trata bem, te come direito, com carinho, com respeito e depois não quer namorar com você, te ofende?
E por que se ele te tratou tão bem, com tanto carinho e respeito, só quis te comer e caiu fora? Precisava se dar tanto trabalho?
A vida é complicada. E a vida é complicada porque nós mulheres romantizamos tudo, ou quase tudo. Ou justamente o que não deveríamos.
A gente faz planos mesmo em cima dos silêncios deles. A gente vê beleza em cada sumiço. A gente vê olhares de amor no mais puro olhar de tesão. A gente acaba de trepar e é batata: deita no peito deles!
Ah, o romance! Mulher que é mulher não consegue fugir de um.
Você pode até levantar apressada, fumar um cigarro, olhar a janela. Você pode disfarçar. Mas lá no fundo, bem escondido, estão seus sonhos de entrar de branco numa igreja e ver lá na frente aquele homem para quem você acabou de dar.
Você vai para o banho super senhora de si, mas enquanto a água escorre levando restos de células esfregadas e sêmens, você fica na dúvida entre se ele vai ligar no dia seguinte e o nome dos filhos.
Será que ele vai ter os olhos do pai?
Eu cansei de ser assim, por que não consigo ver os homens como diversão se eles conseguem tão facilmente nos ver assim?
Por que não posso aceitar que nem tudo é romance?
Por que a droga da chuva me lembra todas as vezes que eu voltei para casa sonhando e no dia seguinte me deparei com a frieza do dia seguinte?
Por que a droga do jazz me lembra a vida perfeita que eu sonho a cada ombro cheiroso que me cega os problemas e me ensurdece a espera?
Por que a droga da noite me lembra os corpos amados que ainda que cansados e tombados nunca caíram por mim?
Aonde está você, pelo amor de Deus! Aonde está você? Não vê que estou cansada de pertencer a todos e não ser de ninguém? Não vê que minha devolução me enfraquece cada vez mais em me entregar?
Não vê que na loucura de te encontrar não meço as entregas? E elas nunca são entregas porque eles nunca são você.
Porque comecei este texto tão bem e mais uma vez esqueci de ser a mulher moderna que eu tanto gostaria de ser para lembrar a mulher romântica que espera por você a cada esquina, a cada decote, a cada riso nervoso que solto em forma de grito à espera do seu socorro.
Eu vou continuar vendo você em todos esses crápulas que fingem ser você para vulgarizar o meu amor. Eu vou continuar cheirando você em todos esses suores fugazes que me querem num conto pequeno. Eu vou continuar lendo a nossa história em contos pequenos.
Cadê você que some a cada som que não me procura? Cadê você que parece ser e nunca é porque desaparece no cansaço das relações?
O meu amor acaba por todos, a minha espera cansa por todos, a minha raiva ameniza por todos. Mas a minha fé por você cresce a cada dia.
Eu posso transar no primeiro encontro, eu posso transar por transar. Eu posso trepar. Eu posso te encontrar num flat na hora do almoço para uma rapidinha. Eu posso reclinar o banco do meu carro e mandar ver. Eu posso deixar você não me beijar na boca. Eu posso aceitar que você nunca me leve de mãos dadas a um cinema. Eu posso ser uma noite e nada demais. Eu posso ser um banheiro e nada mais. Eu posso ser nada mais.
Mas eu nunca, em nenhum momento, deixo de romantizar a vida, cada segundo, por mais podre que seja, dela. Eu nunca deixo de procurar você. Eu nunca deixo de acreditar que você exista, e eu nunca deixo de acreditar que você faz o mesmo a minha espera.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Para minha filha.

Minha menina,
por enquanto, você não tem idéia de como será a sua vida. Só posso dizer que ela será bela, com vários dias de sol e muitos dias cor de rosa... mas alguns poderão tornar-se cinzas e tirar o sorriso de seu rosto.
Nesse processo de crescimento e evolução, você encontrará várias pessoas que mudarão sua vida. Algumas farão seu coração bater mais rápido e mais lentamente só com um sorriso... e não darão valor a isso; Outras, te mostrarão qual é o sentido do companheirismo e da amizade e ficarão do seu lado nos dias de mais agonia... mas outras simplesmente irão embora na primeira dificuldade ou no primeiro desentendimento. Você vai descobrir que as únicas pessoas com as quais você pode contar de verdade e que sempre irão te querer bem fazem parte da sua família e que não é tão ruim assim passar uma sexta à noite em casa assistindo filme comigo e comendo porcarias.
E um dia, minha pequena, um dia você vai cometer o melhor e o pior erro da sua vida: se apaixonar. Vai entregar seu coração e seu corpo de bandeja a alguém que te fará perder os sentidos e esquecer todos os seus princípios (esses que a mamãe ensinou bem, com certeza!) com um beijo, um toque, um olhar. E você se perguntará por que está fazendo isso... e nem você, nem ninguém será capaz de responder. É... isso que você sentirá, deixará alguns dos seus dias mais felizes, só de saber que a pessoa existe; e noutros, você vai desejar nunca ter nascido ou não ter lágrimas.
Mas olha, quando você esquecer seus princípios e fazer tudo o que você não faria com ninguém só por não conseguir dizer não, a mamãe estará aqui. E quando, no dia seguinte a tudo isso, você se lembrar de como foi bom, mas não receber nem um sinal de vida da criatura, eu também estarei aqui. E quando as lágrimas rolarem, o vazio te consumir e você se sentir um objeto, lembre-se que eu te amo acima de tudo e de todos e que eu daria meu sorriso para não te ver assim. Porque, minha flor, a mágoa acontece, mas só para que fiquemos mais fortes. E acredite, um dia você estará melhor, vai lembrar disso e vai ver que poderia ter aproveitado mais a situação. E nesse dia, minha filha, nesse dia eu saberei que você se tornou mais forte que eu e que você está pronta para secar as minhas lágrimas se um dia eu precisar.
Ninguém nunca me disse isso, bebê. A mamãe passou por todos esses perrengues para aprender que existem anjos que são colocados em nossas vidas por um motivo que só saberemos depois que tudo passou. Minha intenção não é fazer que você tenha medo de se apaixonar ou qualquer coisa assim, eu só quero que você saiba que, um dia, por mais que tudo isso aconteça, você achará alguém que merecerá cada pedacinho de você. E que ele poderá te fazer chorar, mas que te fará rir muito mais. E ele dirá aquelas frases bobas que todo homem diz quando quer te comer, te olhando nos olhos... e você se sentirá especial, porque você é especial para ele. Vocês farão amor se beijando e você perceberá que isso é um sinal de carinho, de respeito e se sentirá plena. Completa.
E eu, estarei de fora, sorrindo para você, mas sempre de braços abertos. Porque o dia em que você precisar de um colo, eu estarei aqui. Para sempre.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Crônica do Amor, de Arnaldo Jabor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam.
Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você.
Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas.
Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!
Pense nisso.
Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

— E você, por que desvia o olhar?

(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarrá-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)

— Ah. Porque eu sou tímida.


[de Rita Apoena.]

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Overdose de Ty

"Pode ferir-se o amor-próprio; matá-lo, nunca."
(Henri Montherlant)


E apesar de estar essa porpetinha, tenho me amado mais que nunca.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Carta a qualquer um

Oi.











Espero que esteja tudo bem... eu ando meio sem jeito de falar contigo depois de um momento de loucura das pessoas mais doces que eu conheço, que quiseram fazer - por mais que eu tenha pedido que não - você fazer parte do nosso fim de semana alternativo e consequentemente, deixar a minha semana mais feliz.

Mas eu não estou aqui para falar sobre o que passou. Bem, em termos. Na noite passada, eu sonhei com você. Não, não foi um daqueles sonhos insuportavelmente melosos, muito menos uma coisa muito brisante. Foi um sonho de vontades não realizadas, desejos contidos e tudo naquilo que já dei a entender que quero.

Nele, nós não falavamos nada. Nossos gestos demonstravam tudo o que sentíamos e eu, prendida em teus olhos, conduzia tuas mãos em meu corpo, que pela entrega já era teu. E entre uns gemidos ao teu ouvido, tomava posse e te fazia meu. Porque eras meu. Meu homem, meu macho, meu dono, meu escravo... meu. De um modo como nunca havia sido. Aquele momento me pertencia. Aquilo tudo me pertencia e você só estava ali por mim, enquanto eu me fingia de tua mulher, tua dona, tua puta e me entregava completamente a ti. Me despi de todos os medos e fiz tudo o que quis, nada com a intenção de te agradar, mas mesmo assim acabou sendo sublime também a seu ver.

Quando acordei, confesso que estava meio extasiada e vendo tulipas para onde olhasse. Até procurei em meu corpo para ver se achava alguma marca tua, porque não era justo ter sido tão maravilhoso e ser um sonho. Pensei em te ligar para saber se elas estavam em ti e pedí-las de volta, porque elas eram minhas. Minha fantasias, meus desejos realizados, minhas marcas. Mas me controlei. Vi que, realmente, não passara de um sonho. E mesmo assim, eu precisava te contar e te agradecer pela melhor noite da minha vida.

Beijos meus, fique bem.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Eu ainda me apaixono por olhares;
sorrisos sinceros, daqueles que transparecem a alma da pessoa;
por ligações inesperadas;
por abraços que encaixam e fazem com que esqueçamos do mundo lá fora;
por beijos de despedida que fazem a gente ter certeza de que não é um adeus e sim um 'até logo';

Eu ainda me encanto por pequenos gestos;
por coisas que o outro diz sem pensar, mas que acaba sendo uma linda declaração;
mãos dadas, que revelam o compatibilidade de espíritos;

Eu ainda me iludo com tudo isso.
Mas é uma ilusão boa, que faz com que eu veja o mundo mais rosa e não me esqueça da bondade das pessoas.
Porque eu sinto isso com todos que me importam. E saber, que por mais que eu não os veja, eles estão presentes em mim, me faz uma pessoa mais feliz.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Divagando e Teclando, de Silvana Duboc*

"Eu não estava nos planos dela, ela também não estava nos meus, mas enfim...aconteceu!"

[...]
E a gente pensa, acha, tem certeza, que foi aquela pessoa em especial que conseguiu a chave dos nossos mistérios, que atravessou sem esforços nosso rio de dúvidas, que invadiu nosso calabouço de conflitos e os desfez de uma só vez.
Tantos enganos... somos todos iguais, não existe essa quantidade de pessoas especiais.

[...]
Todos somos feitos de sonhos, é, sonhos, aquela coisinha insignificante que atualmente anda tão distante , que se julgava não existir mais no ser humano.

[...]
Mas será que ao fim de tudo somos mesmo aquilo que passamos? Ou será que só lidamos com um amontoado de sonhos?

[...]
Criam-se personagens a todo instante... gente séria, gente alegre, gente competente, inteligente, gente amiga e influente. Gente dominadora, gente meiga, e gente traiçoeira. Mas com tudo isso o amor vai acontecendo desnorteado dentro dos corações, se iludindo com meras palavras, atravessando difíceis estradas.
[...]
Somos todos, unidos ou perdidos, muitos ou poucos, invisíveis ou aparentes... mas carentes.... Carentes de amor, de amizades, de mão amiga, de olhar afetuoso, de um sorriso gostoso, de um bom dia com alegria.

[...]
Só posso adiantar mesmo o que disse no início, que ambos não estavam um nos planos do outro... e ainda assim foi incrível, indescritível... mas acabaram por se afastar, uma pena... um desperdício... de corações... de sensações... de amores ... e de ilusões.... (mas olha, ele ainda sonha com ela, e ela ainda pensa nele)


* Só peguei alguns trechos.
O texto na íntegra, pode ser lido aqui.